No ano passado, 31 municípios foram mapeados e 1.673 setores foram considerados de risco. Nessas áreas, existiam 7.683 casas ameaçadas e 32.079 pessoas expostas ao perigo. O trabalho da equipe, que dura aproximadamente seis meses, é de, primeiramente, conversar com a Defesa Civil e com os moradores das regiões, para saber quais são as áreas onde os deslizamentos ocorrem com mais frequência.
A partir dessas informações, técnicos sobrevoam de helicóptero a área de alto risco e tiram fotos das localidades. Depois das análises, os relatórios são apresentados aos órgãos públicos, que ficam encarregados de definir métodos para proteger a população.
De acordo com o presidente do DRM-RJ, Flávio Erthal, muita coisa precisa ser feita para que acidentes sejam evitados, como os deslizamentos que afetaram o município de Sapucaia, no interior fluminense, no início do ano. “A população precisa ser avisada que mora em área de risco, como a prefeitura vem fazendo, e a Defesa Civil precisa ser melhor aparelhada. As coisas melhoraram, mas podem melhorar ainda mais”.
O geólogo também aponta o principal fator que contribui para os graves acidentes. “O principal motivo dos deslizamentos é a intervenção humana. A pessoa desmata, coloca casas e isso gera problemas”.
O trabalho deve beneficiar 18 cidades ainda este ano: Aperibé, Bom Jesus do Itapoana, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, São José de Ubá e Varre-Sai.