Uma empresa privada de geologia será escolhida nesta segunda-feira para auxiliar o Serviço Geológico do Rio de Janeiro (DRM-RJ) no trabalho de mapeamento das encostas de 18 municípios do norte e noroeste do estado. Os serviços fazem parte de projeto do Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos do DRM-RJ.
O trabalho começou em 2009, quando o Serviço Geológico fez uma proposta ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Na época, poucas cidades eram mapeadas. Somente em 2010, o trabalho foi realizado.
No ano passado, 31 municípios foram mapeados e 1.673 setores foram considerados de risco. Nessas áreas, existiam 7.683 casas ameaçadas e 32.079 pessoas expostas ao perigo. O trabalho da equipe, que dura aproximadamente seis meses, é de, primeiramente, conversar com a Defesa Civil e com os moradores das regiões, para saber quais são as áreas onde os deslizamentos ocorrem com mais frequência.
De acordo com o presidente do DRM-RJ, Flávio Erthal, muita coisa precisa ser feita para que acidentes sejam evitados, como os deslizamentos que afetaram o município de Sapucaia, no interior fluminense, no início do ano. “A população precisa ser avisada que mora em área de risco, como a prefeitura vem fazendo, e a Defesa Civil precisa ser melhor aparelhada. As coisas melhoraram, mas podem melhorar ainda mais”.
O geólogo também aponta o principal fator que contribui para os graves acidentes. “O principal motivo dos deslizamentos é a intervenção humana. A pessoa desmata, coloca casas e isso gera problemas”.
O trabalho deve beneficiar 18 cidades ainda este ano: Aperibé, Bom Jesus do Itapoana, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, São José de Ubá e Varre-Sai.