Jornal Estado de Minas

Advogada de Lindemberg diz que juíza deveria estudar mais

A advogada de defesa de Lindemberg Alvez, Ana Lúcia Assad, discutiu com a juíza do caso durante a tarde desta terça-feira. O bate-boca aconteceu quando Ana Lúcia questionou a perita Dairse Aparecida Pereira Lopes sobre um dado técnico, que foi descartado pela juíza Milena Dias. Em seguida Ana Lúcia evocou o "princípio da verdade real", que a juíza afirmou desconhecer. "Então a senhora devia ler mais. Voltar a estudar", respondeu a advogada, que foi repreendida pela promotora do caso, Daniela Hashimoto.
Em defesa da juíza, Daniela alertou que a advogada poderia responder por desacato, mas o julgamento prosseguiu normalmente.

Na tarde do segundo dia de julgamento, foram ouvidos pelo júri os jornalistas Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos. Campos disse que Lindemberg pareceu calmo durante o tempo em que mantinha Eloá como refém, o jornalista disse que Eloá mostrava mais nervosismo do que o rapaz.

Os jornalistas foram chamados pela defesa de Lindemberg, que tentou atribuir o desfecho do sequestro à forma com que a mídia realizou a cobertura do caso. A advogada teve algumas de suas perguntas negadas pela juíza, que considerou "achismo" os questionamentos referentes ao papel da mídia durante o sequestro.

A previsão inicial era que 19 testemunhas fossem ouvidas, número que passou para 18 depois que a mãe de Elóa, Ana Cristina, foi dispensada a pedido da defesa. Lindemberg só ira prestar depoimento depois que todas as testemunhas falarem ao júri.