O sanitarista e superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, disse que o Afroreggae é parceiro do governo há algum tempo. Aproveitando a tradição do bloco no carnaval, a iniciativa visa a “manter o foco na campanha de prevenção, com ênfase nos dez minutos contra a dengue”.
A campanha foi lançada no estado do Rio há alguns meses. Segundo Chieppe, ela “enfatiza a participação da população para que disponha de dez minutos por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito de suas casas”.
O superintendente explicou que durante o desfile do bloco a ideia é trabalhar com a população, distribuindo material e dando orientações. “E, por meio do Afroreggae, passar umas mensagens de prevenção da dengue no verão, para que se tenha um ano mais tranquilo em relação à doença”.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o ambiente doméstico costuma concentrar 80% dos focos do mosquito. Para o secretário de Saúde, Sergio Côrtes, a integração entre a música, o carnaval e o combate à dengue “foi uma maneira diferente e inovadora que o governo do Rio encontrou para conscientizar a população ao longo do todo o ano e também durante a folia”. Côrtes acredita que, assim, as autoridades conseguirão alertar os moradores para a necessidade de eliminar os focos do mosquito, de modo a reduzir as chances de contaminação e de epidemia no estado.
Na cidade do Rio de Janeiro, de acordo com informação da prefeitura carioca, o número de casos de dengue notificados este ano, até o último dia 14, chegou a 3.499. Até o momento, foram confirmados em laboratório 29 casos do tipo 4 da doença no município.
O Centro de Operações da prefeitura do Rio acrescentou que nas amostragens coletadas, o tipo 4 já é predominante entre o total de sorotipos de vírus da dengue isolados na cidade, com 61,7%.