Jornal Estado de Minas

Thor Batista se defende no twitter e apresenta sua versão sobre acidente

Tábita Martins Agência Estado

O filho de Eike Batista, Thor Batista, de 20 anos, que no último sábado atropelou e matou um ciclista numa rodovia da Baixada Fluminense, se defendeu nesta terça-feira em sua conta no microblog Twitter, dizendo que "os airbags não abriram, como provado nas fotos, isso mostra que o carro nao estava acima de 100 KM/h ou mais, onde o acionamento ocorreria".

O jovem disse ainda que ele e sua mãe, Luma de Oliveira, estão rezando pelo bem da família do Wanderson. Ele acrescentou ainda em sua defesa que "o veículo é feito de fibra de carbono, material muito resistente, a 80 Km/h ele seria dilacerado da mesma maneira e o ângulo prejudicou"

Thor ainda explicou sua versão do acidente "Haviam duas faixas na auto-estrada, de mão única. Ele cruzou do acostamento do lado direito, passando pela faixa da direita, chegando até o meio da faixa esquerda, onde eu estava trafegando. As marcas de freio comprovam que eu estava na faixa esquerda. Nao deixarei a família desamparada sob HIPÓTESE ALGUMA", grifou.

Além disso, ele apresentou um histórico completo contando como tudo ocorreu e mostrou algumas fotos com os ferimentos no braço e rosto. Pelo Twitter, Eike Batista também já defendeu o filho e disse que Thor foi "cidadão honrado"  O jovem ainda chegou a pedir a ajuda do pai para esclarecer a história. 

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Transgressões


O histórico de multas do jovem mostra 51 advertências por alta velocidade.  Ele obteve a primeira habilitação em dezembro de 2009, quando iniciou um período probatório previsto em lei. Nos 12 meses seguintes, se cometesse qualquer infração, teria que voltar a frequentar um curso de formação de condutores. Entre setembro e dezembro de 2010, o filho de Eike cometeu cinco infrações, todas por excesso de velocidade, somando 21 pontos. No entanto, foi beneficiado pela demora no processamento das multas. Em dezembro de 2010 elas não haviam sido computadas e Thor conseguiu a carteira definitiva. Depois que o motorista obtém a carteira definitiva, ele não pode perdê-la em função de multas que apareçam no sistema e se refiram ao período probatório.

Em 2011 Thor cometeu seis infrações. Contra quatro delas, que somam 19 pontos, não cabe nenhum tipo de recurso administrativo. Segundo a legislação brasileira, quem acumula 20 pontos em 12 meses tem a carteira suspensa, mas nesse caso não se pode somar as multas do período probatório com aquelas posteriores à aquisição da carteira definitiva. Thor deveria ter perdido a carteira após a primeira infração durante o estágio. Depois de obter a definitiva, somou 19 pontos dos quais não cabe recurso. Segundo o "Jornal Nacional", a assessoria de Thor informou que o rapaz desconhecia a existência desses pontos em sua carteira e que isso não tem relação com o acidente em que o filho de Eike se envolveu no sábado.

Em nota, a Polícia Civil explica que um procedimento investigativo foi instaurado para apurar crime e as circunstâncias do acidente. Informou, também, que peritos analisaram e fotografaram o local do acidente e o veículo do empresário que, em seguida, foi liberado e removido para o pátio da Polícia Rodoviária Federal, onde foi retirado pela família.

Ainda segundo a nota, Thor Batista foi liberado pela Polícia Rodoviária Federal, após o acidente, pois passou mal e teve que ser socorrido. Ele já foi intimado e deverá comparecer à delegacia nesta quarta-feira. Além de Thor, a polícia ainda vai ouvir a companheira da vítima e outra testemunha

- Foto: Divulgacao Twitter/ Arquivo pessoal