Jornal Estado de Minas

Começam a valer na segunda-feira exigências para que espanhóis entrem no país

AgĂȘncia Brasil
Brasília - A partir da próxima segunda-feira, os espanhóis que desembarcarem no Brasil serão submetidos a uma série de exigências para conseguir a autorização de entrada no país. Os requisitos foram fixados pelo governo brasileiro são medidas de reciprocidade, pois ações semelhantes estão sendo adotadas na Espanha em relação aos brasileiros que chegam ao país.
A iniciativa ocorre no mesmo momento em que brasileiros são impedidos de entrar na Espanha, se não cumprirem várias exigências feitas pelas autoridades espanholas. Só até agosto de 2011, 1.005 brasileiros foram barrados em aeroportos espanhóis. A estimativa é que cerca de 158,7 mil brasileiros vivam em território espanhol. Na Europa, a comunidade brasileira chega a 900 mil.

O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, nega que a adoção das exigência seja uma retaliação às humilhações sofridas por brasileiros na Espanha, que relatam casos de discriminação e preconceito, além de serem impedidos de se comunicar com autoridades brasileiras.

Pelas novas regras, os espanhóis que quiserem entrar no Brasil terão de estar com o passaporte válido por, no mínimo, seis meses. Também serão exigidos os comprovantes de passagens de ida e volta (com data marcada).

O espanhol que for se hospedar em hotel deverá apresentar o documento de reserva. Caso venha a se hospedar na casa de amigos ou parentes, terá de apresentar uma carta-convite. O documento deve conter a assinatura do responsável, autentificação do cartório e um comprovante de residência dessa pessoa.

O último item se refere à renda mínima do espanhol que pretende visitar o Brasil. Ele deve comprovar que tem condições financeiras para arcar com até R$ 170 de despesas, por dia, em território brasileiro.

Em junho do ano passado, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, esteve no Congresso Nacional e mencionou as queixas dos brasileiros impedidos de entrar na Espanha. Patriota disse ter conversado com a chanceler espanhola, Trinidad Jiménez, lembrando que poderia ser adotado o chamado acordo de reciprocidade.