A polícia de Pernambuco trabalha com a possibilidade de o trio acusado de três homicídios e prática de canibalismo no Estado, ter cometido mais cinco assassinatos. O diretor de operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais, afirmou que além das duas mulheres mortas em Garanhuns, no agreste, e de outra no município metropolitano de Olinda, outras cinco mortes estão sendo investigadas - quatro em Pernambuco e uma na Paraíba. Se confirmadas, o trio - formado pelo faixa preta de caratê Jorge Beltrão Negromonte Silveira, 50 anos, sua mulher Isabel Cristina Pires Silveira, 50, e sua amante Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25 - responderá por oito homicídios. Seguidores de uma seita chamada "Cartel", anticapitalista e contra o crescimento populacional, eles comiam pedaços das carnes dos corpos das vítimas como forma de "purificação da alma".
"Temos os prenomes destas possíveis vítimas, todas mulheres, e estamos investigando", afirmou Morais, nesta terça, ao confirmar que cinco delegados estão trabalhando no caso, a fim de dar mais agilidade às investigações dos crimes que chocaram o Estado. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Joselito Amaral, assumiu a coordenação do caso, e conta com o trabalho do delegado de Garanhuns, Wesley Fernandes, de Olinda, Paulo Berenguer, do delegado regional Marcos Omena e de um delegado do setor de inteligência, cujo nome não foi divulgado.
Acusação
Jorge Beltrão já foi acusado de matar a tiros um homem, em Olinda, em 1994, mas foi absolvido em 2010 a pedido do Ministério Público estadual por falta de provas. Ele e as duas mulheres confessaram ter assassinado, esquartejado e depois enterrado os corpos de Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, e Giselly Helena da Silva, 31, no quintal da sua casa, em Garanhuns. Eles afirmaram em depoimento à polícia que retiravam parte das coxas, nádegas, panturrilha e fígado das vítimas e as acondicionavam na geladeira. Isabel Cristina Pires, que vendia salgadinhos nas ruas da cidade, disse ter usado algumas vezes carne das vítimas para rechear empadinhas.
A polícia ainda não localizou o corpo de Jéssica Camila da Silva Pereira, que de acordo com o delegado Wesley Fernandes, foi morta pelo trio em 2008. Jéssica tinha uma filha, hoje com cinco anos, que passou a ser criada por eles. Para evitar suspeitas, Bruna assumiu a identidade de Jéssica e se apresentava como mãe da menina, que também teria consumido carne humana e está sob os cuidados do Conselho Tutelar. Depois da divulgação da história, parentes de Jéssica se apresentaram à polícia e tiveram sangue coletado para exame de DNA a fim de comprovar o parentesco com a criança. O exame ainda está sendo realizado.
Jorge, Isabel e Bruna estão em presídios não divulgados pela polícia, visando a garantir sua integridade física. A casa onde eles viviam foi saqueada e incendiada por vizinhos revoltados ao tomarem conhecimento dos crimes, semana passada.
Irmãos do acusado, Emanuel e Jeová Beltrão deram entrevista ao Programa Plantão 190, da TV Jornal, local, nesta segunda, para dizer que a família está chocada. Mesmo sem desconfiar de que o irmão era assassino, eles afirmaram que o comportamento de Jorge era violento e que ele foi protagonista de vários golpes - um deles, o furto de R$ 80 mil de uma poupança da mãe. A família teria rompido com ele depois que ele levou a amante para morar com ele e sua mulher.
"Temos os prenomes destas possíveis vítimas, todas mulheres, e estamos investigando", afirmou Morais, nesta terça, ao confirmar que cinco delegados estão trabalhando no caso, a fim de dar mais agilidade às investigações dos crimes que chocaram o Estado. O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Joselito Amaral, assumiu a coordenação do caso, e conta com o trabalho do delegado de Garanhuns, Wesley Fernandes, de Olinda, Paulo Berenguer, do delegado regional Marcos Omena e de um delegado do setor de inteligência, cujo nome não foi divulgado.
Acusação
Jorge Beltrão já foi acusado de matar a tiros um homem, em Olinda, em 1994, mas foi absolvido em 2010 a pedido do Ministério Público estadual por falta de provas. Ele e as duas mulheres confessaram ter assassinado, esquartejado e depois enterrado os corpos de Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, e Giselly Helena da Silva, 31, no quintal da sua casa, em Garanhuns. Eles afirmaram em depoimento à polícia que retiravam parte das coxas, nádegas, panturrilha e fígado das vítimas e as acondicionavam na geladeira. Isabel Cristina Pires, que vendia salgadinhos nas ruas da cidade, disse ter usado algumas vezes carne das vítimas para rechear empadinhas.
A polícia ainda não localizou o corpo de Jéssica Camila da Silva Pereira, que de acordo com o delegado Wesley Fernandes, foi morta pelo trio em 2008. Jéssica tinha uma filha, hoje com cinco anos, que passou a ser criada por eles. Para evitar suspeitas, Bruna assumiu a identidade de Jéssica e se apresentava como mãe da menina, que também teria consumido carne humana e está sob os cuidados do Conselho Tutelar. Depois da divulgação da história, parentes de Jéssica se apresentaram à polícia e tiveram sangue coletado para exame de DNA a fim de comprovar o parentesco com a criança. O exame ainda está sendo realizado.
Jorge, Isabel e Bruna estão em presídios não divulgados pela polícia, visando a garantir sua integridade física. A casa onde eles viviam foi saqueada e incendiada por vizinhos revoltados ao tomarem conhecimento dos crimes, semana passada.
Irmãos do acusado, Emanuel e Jeová Beltrão deram entrevista ao Programa Plantão 190, da TV Jornal, local, nesta segunda, para dizer que a família está chocada. Mesmo sem desconfiar de que o irmão era assassino, eles afirmaram que o comportamento de Jorge era violento e que ele foi protagonista de vários golpes - um deles, o furto de R$ 80 mil de uma poupança da mãe. A família teria rompido com ele depois que ele levou a amante para morar com ele e sua mulher.