Dos cerca de 7,7 mil trabalhadores, apenas 850 estão cumprindo expediente nos serviços considerados essenciais para os alojamentos nos cinco canteiros da obra – principalmente nas áreas de saúde, água e esgoto, segurança patrimonial, alimentação, além de alguns eletricistas e pedreiros. Segundo o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), a manutenção desses serviços básicos “é uma exigência legal”.
No início da manhã de hoje, os trabalhadores fizeram uma barricada no acesso ao Travessão 27, local que liga a Rodovia Transamazônica à estrada de terra para os sítios Pimental e Canais e Diques. Segundo o vice-presidente do Sintrapav, Roginel Gobbo, os trabalhadores fizeram barricadas, mas os serviços essenciais foram mantidos.
“Fizemos algumas barricadas, mas apenas para explicar aos trabalhadores o que estava acontecendo. Não impedimos ninguém de trabalhar, mas deixamos clara a necessidade de eles aderirem à greve, até porque ela foi votada e decidida por eles. Além disso, pedimos ao CCBM que identificasse os ônibus que transportariam os funcionários responsáveis pelos serviços essenciais. Não houve nenhuma objeção a eles serem levados aos canteiros”, acrescentou o sindicalista.
“Estamos abertos à negociação e aguardamos a manifestação do CCBM. Qualquer movimentação deles, no sentido de atender nossas propostas, pode interromper a greve”, disse Gobbo. A empresa, no entanto, disse que, “a princípio, não deverá haver negociação com o sindicato”, nesse primeiro dia de greve. O consórcio deve divulgar ainda hoje uma nota sobre a paralisação dos trabalhadores.