Segundo os consultores responsáveis pelo mapeamento, a situação encontrada nos estados e municípios é preocupante. "As iniciativas de economia verde estão ainda incipientes. Há alguns estados que estão quase sem nada e, outros, como o Acre ou a Bahia, um pouco mais avançados", explica Roland Widmer, um dos consultores do levantamento. Na opinião dele, o Acre é hoje o estado que mais está à frente na questão.
Uma das principais políticas acreanas é o Manejo Florestal Comunitário. Além de estratégia de conservação, o programa criou um novo segmento econômico, com pessoas passando a se interessar pela ferramenta, devido ao incremento na renda mensal. Atualmente, 500 famílias atuam em 127 mil hectares e atendem as necessidades da região, como o polo moveleiro de Cruzeiro do Sul, a fábrica de pisos de Xapurí e os laminados de Triunfo.
DESTAQUE Entre as cidades brasileiras, o destaque vai para Paragominas, no Pará, citada pelos especialistas como exemplo a ser seguido. Em 2008, Paragominas foi incluída na lista negra de municípios que mais desmatavam na Amazônia e passou a sofrer restrições a linhas de crédito rural. Só sairia da relação se conseguisse reduzir o desmatamento a um máximo de 40 quilômetros quadrados por ano. Na época, o índice superava 300 quilômetros quadrados anuais.
A cidade lançou naquele ano o programa Município Verde. "Regularizamos nossas propriedades para arrumar a economia", explica o secretário de Meio Ambiente de Paragominas, Felipe Zagallo. Cinquenta e uma entidades locais assinaram o Pacto pelo Desmatamento Zero, proibindo a devastação.