Jornal Estado de Minas

Fotos de Carolina Dieckman nua tiveram mais de 8 milhões de acessos em 4 dias

As 36 fotos originais se transformarm em um pacote com mais de 50 mil imagens, hospedadas em 211 domínios diferentes, pertencentes a 113 provedores, localizados em 23 países

Tábita Martins Correio Braziliense
Desde a tarde de sexta-feira, as fotos nuas da atriz Carolina Dieckmann já tiveram pelo menos 8 milhões de acessos em diferentes IPs, ou seja, em diferentes computadores, segundo dados fornecidos pela Ong SaferNet Brasil,  que realizou um levantamento no dia 08 de maio no Google Images. A equipe fez uma varredura na rede e revelou que dentre as 1, 5 milhão de imagens indexadas pelo buscador e disponíveis para acesso público naquela data, aproximadamente 50 mil era imagens iguais ou similares às 36 fotos que vazaram da atriz Carolina Dieckman.
Fotos da carreira da atriz

Por imagens similares entende-se as variações de resolução, contraste, brilho, aplicação de filtros ou efeitos, formato e nome do arquivo, bem como intervenções como borda, marcas d'água, cortes, acréscimo de tarjas, símbolos, etc - em quaisquer das 36 imagens originais.

Estas imagens estavam hospedadas em 211 domínios diferentes, pertencentes a 113 provedores, localizados em 23 países. Ainda de acordo com a assessoria da SaferNet, a partir desses números já se pode afirmar com segurança que é impossível remover todas as imagens da internet e torná-las privada novamente. "Infelizmente as 36 fotos vazadas não pertencem mais a intimidade do casal, mas sim ao acervo público de imagens disponíveis na rede", diz a nota.

Apesar do alto número de acessos, o que assusta é que o levantamento não leva em consideração a propagação em outras camadas e serviços da internet como redes peer-to-peer (que permite o compartilhamento de dados numa larga escala), bitorrent (downloads indexados em websites), emails, bem como a propagação fora da rede - imagens copiadas em pen drives, HDs, laptops e celulares de fãs e colecionadores de pornografia no Brasil e no mundo.

Suspeitos


A polícia já identificou as quatro pessoas que teriam furtado e publicado na internet as fotos íntimas da atriz. Segundo a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática do Rio de Janeiro, os e-mails enviados pelos crackers chantageando a atriz permitiram rastrear os criminosos.

O quarteto agiu de forma articulada, segundo a polícia. Um deles foi responsável por fazer os contatos via e-mail com a atriz, enquanto outro cuidou de publicá-las no site Imagearn, hospedado nos Estados Unidos. Os suspeitos devem responder por formação de quadrilha, furto de dados e tentativa de extorsão. Se condenados, podem pegar até dez anos de prisão.