São Paulo – O nível de conhecimento dos brasileiros sobre saneamento básico cresceu 16 pontos percentuais, em comparação com 2009, segundo pesquisa Trata Brasil - Ibope, divulgada nesta terça-feira, sobre a percepção do serviço entre a população. Para 81% dos entrevistados, saneamento básico está relacionado aos serviços de água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem. Em 2009, esse número era de 65%.
De acordo com a pesquisa, caiu também o número de pessoas que disseram desconhecer o termo saneamento básico, passando de 31%, na pesquisa anterior, para 13% em 2012. Apesar do maior conhecimento, o tema ainda aparece em apenas sexto lugar entre as áreas mais problemáticas, ficando atrás de saúde, segurança, drogas, educação e transporte.
Quando os entrevistados são questionados sobre quais temas deveriam ser prioridade nos governos municipais, saneamento perde para educação (81% a 3%), saúde (78% a 3%), segurança (67% a 13%) e desemprego (64% a 19%). A proximidade com esgoto a céu aberto, no entanto, é uma realidade para quase metade da população ouvida (47%).
Dentre os serviços ligados ao saneamento, a coleta de lixo foi o mais citado (97%) como de maior presença nos bairros, seguido por abastecimento de água (93%), água tratada (89%), coleta de esgoto (67%), retirada de entulho (66%), tratamento de esgoto (55%) e limpeza de bueiros (48%).
Quando questionados sobre o que fazem para provocar a melhoria dos serviços de saneamento, 75% dos entrevistados responderam não cobrar dos governantes. Dos que afirmam cobrar, a maior parte solicita a limpeza de bueiros (7%) e o desentupimento do esgoto existente (5%).
O levantamento foi feito com 1.008 pessoas em 22 cidades, todas com população acima de 300 mil habitantes e de todas as regiões do país. O Instituto Trata Brasil é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que incentiva a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
Entre seus associados, estão fabricantes de produtos e equipamentos para o setor e concessionárias de serviço de saneamento. A organização conta ainda, entre seus apoiadores, com associações setoriais, agências reguladoras, organismos públicos internacionais, entidades públicas e da sociedade civil, além dos próprios associados.