O levantamento mostrou ainda que entre as condições não desejáveis há esgoto a céu aberto nas redondezas de 11% das moradias e depósitos de lixo nas proximidades de 5%. Por fim, confirma que quanto maior a renda do morador, melhores são as condições em torno do domicílio.
A pesquisa comprova também uma relação entre as coletas de lixo e de esgoto e condições de infraestrutura. Os logradouros atendidos diariamente pelo serviço de limpeza estão mais bem identificados e entre aqueles com as maiores taxas de pavimentação, meio-fio, calçadas e bueiros. Mas mesmo naqueles sem coleta de lixo, há boa iluminação pública.
As diferenças regionais também persistem em termos de infraestrutura das cidades, constatou o IBGE. Enquanto a Região Sudeste oferece condições mais desejáveis de vida – tendo 80% dos domicílios com ruas pavimentadas, meio-fio e calçadas –, a Região Norte, com exceção de iluminação pública, tem os piores indicadores. A maioria dos itens não alcançava 62% dos domicílios.
No Norte, 32,2% dos domicílios ainda convivem com esgoto a céu a aberto e 7,8% das casas não têm coleta de lixo. No Nordeste, o percentual chega a 6,5% de residências sem coleta de lixo e 26,3% sem conexão com a rede de esgoto. Já no Sudeste, os percentuais são 4,2% e 4,5%.
Entre os 15 municípios com mais de 1 milhão de habitantes, as condições de circulação da população são melhores em Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG). No extremo, em condições menos desejáveis está Belém (PA). A cidade tem mais alta taxa de esgoto a céu aberto: 44,5% dos domicílios. Em São Luís (MA), 33,9% das casas também convivem com o problema.