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Estado de Minas

Parada gay adota tom mais político e reinvidica criminalização da homofobia

Com 3,5 mi de pessoas - 500 mil a menos que em 2011 -,festa animou avenidas na área central da capital paulista


postado em 11/06/2012 07:17 / atualizado em 11/06/2012 08:02

Foliões em cima de um carro alegórico durante a Parada do Orgulho Gay. Cerca de 3 milhões de pessoas eram esperadas para participar do desfile sob o tema
Foliões em cima de um carro alegórico durante a Parada do Orgulho Gay. Cerca de 3 milhões de pessoas eram esperadas para participar do desfile sob o tema "Homofobia tem cura". (foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP)

Com o tema “Homofobia tem cura: educação e criminalização – Preconceito e exclusão, fora de cogitação”, a 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo tomou conta neste domingo das ruas da capital paulista. O evento teve início por volta das 13h – com mais de uma hora de atraso – e percorreu as principais avenidas da cidade rumo ao Centro. Foram 3,5 quilômetros e mais de cinco horas de duração. O evento reuniu em torno de 3,5 milhões de pessoas – 500 mil a menos que em 2011.
 


Neste ano, os organizadores da Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT) reforçaram o tom político da festa. Uma das principais reivindicações foi pela aprovação do Projeto de Lei 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil. O grupo exigiu a aplicação do projeto Escola sem Homofobia, com material didático voltado para professores da rede pública. “A parada não é só festa, as pessoas precisam se manifestar politicamente. O público gay tem uma maneira divertida e peculiar de fazer política”, comentou Thiago Torres, um dos produtores do evento. A relatora do projeto na Comissão de Direitos Humanos do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), participou da abertura da parada gay e criticou a demora na votação da proposta. Apresentado em 2001, só no Senado o texto tramita já há seis anos.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também esteve no evento, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do prefeito Gilberto Kassab (PSD), do ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PcdoB) e da pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Soninha Francine (PPS).

A parada teve 14 trios elétricos, sendo três deles comandados pela Associação da Parada do Orgulho LGBT. Os carros oficiais levavam mensagens contra a homofobia. O último carro defendia uma campanha a favor do casamento homossexual, com integrantes vestidos de noivos e noivas. A funkeira Valesca Popozuda foi a madrinha do evento.

SKIN-HEAD

A Polícia Militar disponibilizou 1,5 mil homens para garantir a segurança em todo o percurso. Não houve registro de conflitos. Preocupados, os agentes barraram inicialmente a entrada de um grupo formado por 30 pessoas que se declararam skin-heads e punks contra a homofobia. Eles só foram liberados após a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) constatar que eles eram simpatizantes. Ainda de acordo com a PM, um outro grupo de skinheads foi identificado e dispersado.


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