A informação técnica contradiz a versão apresentada por Elize em depoimento à polícia de que teria matado o marido com um tiro, arrastado o corpo para um quarto e o esquartejado somente dez horas depois, tempo suficiente para que o sangue coagulasse e não deixasse mais vestígios no apartamento onde vivia o casal. Além de apontar que o executivo estava vivo quando foi decapitado, o laudo afirma que o tiro foi disparado de cima para baixo, da esquerda para direita e bastante próximo, encostado, com vestígios de pólvora no rosto da vítima.
Esse é outro ponto do laudo que contradiz a versão de Elize, de que teria matado o marido durante uma discussão onde os dois estariam em pé. Da forma como foi relatado pelo perito, o tiro foi disparado por Elize em situação de superioridade em relação ao executivo (de cima para baixo) e à queima-roupa - e não a uma distância de pelo menos dois metros, como chegou a afirmar à polícia.
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, disse que é preciso ter calma antes de uma conclusão definitiva. "A Polícia Civil vai fazer os quesitos técnicos e, se necessário, vai pedir a exumação do corpo."