Na Rua Professor João Semeraro, em uma praça próxima à favela do Parque Bristol, quatro homens atearam fogo a um ônibus da empresa Via Sul. O motorista, José Jurandir dos Santos, de 31 anos, contou que estava parado com o coletivo esperando o horário marcado para a próxima viagem. Ele e o cobrador José Sobral da Silva, de 57 anos, foram então surpreendidos pelos criminosos, que os mandaram descer. "Na hora tentei puxar minha bolsa. Um dos homens não gostou e falou 'vou atirar nesse cara'. Corri então sem pegar nada", relatou Santos. Ele disse que um bandido usou um maçarico para atear fogo. A bolsa em que estava a chave e documento do carro particular do motorista foram consumidos pelas chamas.
Suposto olheiro
O detento Fernando Júnior da Silva, de 27 anos, que afirmou à PM ser integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que não retornou para a cadeia após gozar do benefício da saída temporária de Páscoa, foi recapturado, por volta das 15 horas de segunda-feira, a cerca de 50 metros da base da 1ª Companhia do 15º Batalhão da PM, na esquina da Rua Silvio Barbosa com a Rua Guaporé, no bairro Mikail, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Ao passar a pé em frente à base e permanecer no entorno observando muito o movimento dentro dela, Silva despertou suspeitas nos policiais e foi abordado. Com tatuagens pelo corpo típicas de integrantes da facção, o criminoso, que cumpria pena na Penitenciária de Itirapina, região central do Estado, a 215 quilômetros da capital, saiu da unidade prisional após receber a liberdade temporária de Páscoa, no dia 5 de abril, mas não retornou para a cadeia, o que deveria ter ocorrido no dia 9. Segundo os policiais, ele seria um "olheiro", auxiliando os comparsas nos planos de ataque à bases policiais. Desarmado, Silva foi encaminhado para a Cadeia Pública anexa ao 1º Distrito Policial de Guarulhos, no centro.