ENCONTRO
Apesar de negar participação no assassinato, o vigia afirmou que encontrou Mizael no dia do crime próximo à represa onde o corpo da advogada foi achado. Segundo a versão de Bezerra, Mizael teria lhe telefonado dizendo que tinha ido a uma festa naquela região e não tinha como voltar. “Ele me telefonou pedindo – para eu pegá-lo, – dizendo – que estava numa festa com os amigos e que não estava com o carro dele”, falou o vigia. “Os amigos tinham ido embora, tinham deixado ele lá.” Bezerra afirmou ainda que o ex-policial estava armado na ocasião. “Um – revólver calibre – 38 e uma pistola”, afirmou. “Eu sei que ele estava com as duas armas dele.”
Depois de prestar depoimento, Bezerra foi transferido para a penitenciária de Tremembé (a 147 quilômetros de SP). De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), ele deu entrada no presídio ainda na segunda-feira. Na mesma prisão – que já é conhecida como “Presídio de Caras” – estão presos atualmente o jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, condenado pela morte da ex-namorada, a jornalista Sandra Gomide; Lindemberg Alves, acusado de matar a namorada Eloá Pimentel; e Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella.
Evandro foi preso no interior de Alagoas e transferido para São Paulo. Para a polícia, ele ajudou Souza a matar a advogada. Depois do crime, Evandro chegou a ser preso em Sergipe e disse à polícia que Mizael havia matado Mércia. O vigilante chegou a escrever uma carta dizendo que havia sido torturado e por isso delatou o amigo. A Polícia Civil de Sergipe negou a agressão. Ele foi liberado por um habeas corpus, que depois foi revogado, e desde então ficou foragido. Mizael também ficou mais de um ano foragido, mas se entregou à polícia em fevereiro e aguarda o julgamento no presídio da PM – além de advogado, ele é policial reformado.