Jornal Estado de Minas

Nacional

Humorista está sendo interrogado sobre um susposto envolvimento no crime de pornografia infantil na internet

Advogado de Mução ainda aguarda resposta ao pedido de habeas corpus

Diário de Natal
Apresentador Mução está preso na sede da PF em Fortaleza - Foto: Arquivo Pessoal/DN/DivulgaçãoFoi retomado na tarde desta sexta-feira, o depoimento do radialista Rodrigo Vieira Emereciano, de 35 anos, o Mução. Ele está sendo ouvido na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, no Cais do Apolo, no Recife. Os trabalhos começaram às 9h30 desta sexta-feira e não tem hora para acabar. O advogado dele ainda não se pronunciou e aguarda a resposta ao pedido de habeas corpus solicitado nessa quinta à justiça.
Após o depoimentos, Mução deve seguir para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, onde passará por novos exames de corpo de delito antes de ser encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Na unidade prisional, Mução deverá cumprir cinco dias de prisão temporária, mas o prazo poderá ser prorrogado pelo mesmo período. A delegada da Policia Federal Kilma Caminha, titular do caso, ainda pode solicitar um prisão preventiva para o suspeito.

Mução chegou à sede da PF em um automóvel Corola preto fechado, veículo descaracterizado da Polícia Federal, e foi escoltado por uma caminhonete. O humorista entrou pelos fundos do prédio e não falou com a imprensa. Trajava a mesma roupa do momento da sua prisão em Fortaleza: uma calça jeans, camisa azul, sapato branco e boné. Ele estava preso desde ontem na sede no Ceará e viajou para a capital pernambucana em um voo direto da companhia Azul sob custódia. Aterrissou às 8h40 e deixou o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre pela saída de cargas.

O humorista está sendo interrogado sobre um susposto envolvimento no crime de pornografia infantil na internet. O radialista é suspeito de disponibilizar material de pornografia infantil na web e foi detido dentro da operação DirtyNet. De acordo com investigações realizadas pela PF, o radialista faria parte de um círculo fechado de 160 pessoas, 97 estrangeiras e 63 brasileiras, que trocavam conteúdo ilegal com imagens de adolescentes e crianças em situações pornográficas.

Com informações do repórter Glynner Brandão