Segundo o médico gastroenterologista e coordenador da campanha, Jorge Lucena, pessoas com idade entre 40 e 60 anos apresentam maior incidência da doença. Segundo Lucena, essa faixa etária apresenta maior número de infectados por causa da maior preocupação e comprometimento das pessoas com a saúde. “A pessoa está mais consciente com a saúde. Ela não se tratava há muito tempo, aí faz vários exames e checkups, então descobre que está infectada.”
Lucena adverte que as pessoas que passaram por algum procedimento cirúrgico e precisaram fazer transfusão de sangue devem ficar atentas. Usuários de drogas ou pessoas que mantiveram relações sexuais sem preservativo também devem procurar um hospital e fazer o exame para identificação do vírus.
O coordenador da campanha pede ainda que haja um comprometimento maior das autoridades e de setores da sociedade no que diz respeito à divulgação de informações sobre o controle e a prevenção da doença. “A gente que trabalha com essa parte hepática gostaria de ter um programa de saúde mais forte, com mais publicações e assim chamar as pessoas para conhecer os perigos da doença”, destacou.
A hepatite C é uma inflamação do fígado causada por um vírus transmitido por meio do contato com sangue contaminado. Dependendo da intensidade e do tempo de duração, pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Segundo Lucena, a doença tem cura e o tratamento, que é feito com remédios, pode durar até 72 semanas.