Jornal Estado de Minas

Flores e missa para lembrar um ano do acidente com o avião da Noar

Queda de bimotor causou a morte de 16 pessoas. Confira especial sobre o caso

Diário de Pernambuco
Completa um ano hoje o mais grave acidente aéreo registrado em Pernambuco. No dia 13 de julho de 2011 o bimotor LET 410 da Noar Linhas Aéreas caiu em Boa Viagem, na zona sul do Recife, causando a morte de 16 pessoas.
Esta manhã, familiares das vítimas depositaram flores no local do acidente. À noite, a data será lembrada com a celebração de uma missa na Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, na feirinha de Boa Viagem. O culto religiso está marcado para as 19h.

Confira especial sobre o caso

Em reunião realizada no início do mês com os representantes das vítimas no Recife, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que já emitiu 15 recomendações de segurança sobre o acidente, que aconteceu no dia 13 de julho de 2011. As recomendações foram encaminhadas para as empresas que operam com o mesmo tipo de aeronave, para a fabricante do avião e para a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). De acordo com as investigações, a turbina parou de funcionar logo após a decolagem, mas o LET 410 é projetado para conseguir voar mesmo após a parada de uma turbina. A suspeita de falha humana e de procedimentos de emergência é cada vez mais forte.
As peças da aeronave foram encaminhadas para laboratórios no Brasil e nos Estados Unidos, com o objetivo de se esclarecer porque uma das palhetas se rompeu e o que causou a parada do motor. Agora, as diligências buscam entender porque os pilotos não conseguiram fazer um pouso de emergência. Segundo os investigadores da Polícia Federal, o avião tinha potência e continuou a subir mesmo depois da parada de um dos motores. Não foram descartadas as hipóteses de erro de pilotagem ou da aeronave não ter tido o desempenho esperado em voo monomotor ou ainda uma combinação dos dois fatores.
Relatório Final
Ainda não há um prazo para a emissão do relatório final do Cenipa e as informações utilizadas pelos investigadores, como a gravação da caixa preta, devem permanecer em sigilo, conforme estabelecem as regras da Oaci. No entanto, os investigadores mantêm contato com as famílias das vítimas, com a fabricante da aeronave, com a Noar e com a Anac, além da Polícia Federal, responsável pelo inquérito. Em setembro, uma reunião com as famílias foi realizada para esclarecer o andamento da investigação. Outra reunião está agendada ainda para o mês de julho.