Nessa quinta-feira, o procurador Eduardo Santos de Oliveira divulgou nota dizendo ter ficado “apreensivo” com a conclusão da Polícia Federal. Ele questionou o documento dos peritos federais com base em conclusões anteriores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Marinha e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que autuaram “seguidamente” a Chevron por conta do acidente.
O procurador lembrou que o próprio delegado responsável pela investigação da Polícia Federal, Fábio Scliar, havia reconhecido o dano ambiental em seu inquérito, com base nas opiniões de especialistas, do Ibama e da ANP.
“Um laudo como o que foi noticiado pela mídia, que acima e ao revés de todas as provas e evidências afirma que não houve dano ambiental, nos deixa apreensivos quanto ao futuro do meio ambiente e do patrimônio da União, na medida em que estabelece perigoso precedente quanto ao vazamento e derramamento de óleo cru em águas oceânicas, em solo marinho e na costa”, diz o procurador, na nota.
Ele pede ainda explicações sobre a metodologia utilizada pelos peritos para chegar à conclusão. Eduardo Santos de Oliveira também diz que as conclusões anteriores, de que houve, sim, dano ambiental, foram “mais do que suficientes para embasar a denúncia” oferecida pelo Ministério Público Federal à Justiça.