O tráfico de cocaína cresce em ritmo assustador no Distrito Federal, impulsionado também pelo avanço do crack, substância feita a partir da pasta-base da droga. De janeiro a maio deste ano, a média mensal de apreensões é 10 vezes maior que a média registrada em cada mês de 2011 — o número saltou de 8,5kg para 84,7kg. No ano passado, as polícias Civil e Militar apreenderam 101,8kg do pó branco no DF. Somente nos cinco primeiros meses do ano, foram 423,5kg, o que elevou a participação da cocaína de 7,1% para 39,3% no total de entorpecentes recolhidos pela polícia.
Com o aumento do tráfico e da repressão policial, o pó subiu de preço e os pontos de venda passaram a ser disputados entre as quadrilhas. Isso fez com que aumentasse o número de traficantes mortos na guerra da coca. Nos seis primeiros meses de 2012, o DF registrou 394 homicídios. Desse total, 236 ou 60%, eram de pessoas com passagem pela polícia — pelo menos metade delas por tráfico de drogas (leia mais na página 24). Um dos fatores que mais contribui para o aumento do tráfico é o avanço do crack. Com cada quilo de cocaína, os criminosos conseguem fazer 5kg da pedra. Desde o início do ano, foram apreendidas 38 mil porções da droga.
A cocaína tem chegado à capital do país via Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e por estradas vicinais que dão acesso ao Distrito Federal. Além da Polícia Civil, a Polícia Federal atua no combate ao tráfico. Somente no primeiro semestre deste ano, a PF apreendeu 180kg de cocaína, volume 63,8% superior aos 115kg recolhidos em todo o ano passado.
Disputa por pontos de venda de drogas está por trás de crimes violentos
A alta demanda por droga contribui para elevar os índices da criminalidade no Distrito Federal. Desde 2011, cresceu o total de traficantes presos e de entorpecentes recolhidos das ruas, principalmente a cocaína, matéria-prima para a fabricação do crack. Em 2012, a quantidade de pó apreendido subiu 897% em relação a 2011. E 1.071 pessoas foram para a cadeia por causa do tráfico de drogas no primeiro semestre de 2012.
Os homicídios também ocorrem no rastro da disputa pelos pontos de distribuição. Em desafio aos líderes das bocas, pequenos traficantes brigam pelas mais quentes e, como consequência, provocam série de assassinatos. “Dos 394 homicídios deste ano, 236 (59%) tinham antecedentes criminais. Entre 50% e 60% dessas vítimas tinham alguma passagem por tráfico de drogas, certamente”, estima o diretor da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier.
A maioria das vítimas assassinadas neste ano é do sexo masculino, com 376 mortes. Especialistas ouvidos pelo Correio confirmam que o tráfico está diretamente ligado a diversas formas de violência, como o roubo e o homicídio. Quem compra droga a prazo e não cumpre o compromisso no tempo determinado, por exemplo, paga com a vida. Para que não sejam mortos, os viciados praticam roubos e furtos. Por outro lado, quando um líder de tráfico é identificado e preso, a violência também pode evoluir para um homicídio. “Quando há pouca oferta (de droga), os pedaços (bocas) mais nobres são disputados à bala”, destacou Xavier.
Com o aumento do tráfico e da repressão policial, o pó subiu de preço e os pontos de venda passaram a ser disputados entre as quadrilhas. Isso fez com que aumentasse o número de traficantes mortos na guerra da coca. Nos seis primeiros meses de 2012, o DF registrou 394 homicídios. Desse total, 236 ou 60%, eram de pessoas com passagem pela polícia — pelo menos metade delas por tráfico de drogas (leia mais na página 24). Um dos fatores que mais contribui para o aumento do tráfico é o avanço do crack. Com cada quilo de cocaína, os criminosos conseguem fazer 5kg da pedra. Desde o início do ano, foram apreendidas 38 mil porções da droga.
A cocaína tem chegado à capital do país via Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e por estradas vicinais que dão acesso ao Distrito Federal. Além da Polícia Civil, a Polícia Federal atua no combate ao tráfico. Somente no primeiro semestre deste ano, a PF apreendeu 180kg de cocaína, volume 63,8% superior aos 115kg recolhidos em todo o ano passado.
Disputa por pontos de venda de drogas está por trás de crimes violentos
A alta demanda por droga contribui para elevar os índices da criminalidade no Distrito Federal. Desde 2011, cresceu o total de traficantes presos e de entorpecentes recolhidos das ruas, principalmente a cocaína, matéria-prima para a fabricação do crack. Em 2012, a quantidade de pó apreendido subiu 897% em relação a 2011. E 1.071 pessoas foram para a cadeia por causa do tráfico de drogas no primeiro semestre de 2012.
Os homicídios também ocorrem no rastro da disputa pelos pontos de distribuição. Em desafio aos líderes das bocas, pequenos traficantes brigam pelas mais quentes e, como consequência, provocam série de assassinatos. “Dos 394 homicídios deste ano, 236 (59%) tinham antecedentes criminais. Entre 50% e 60% dessas vítimas tinham alguma passagem por tráfico de drogas, certamente”, estima o diretor da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier.
A maioria das vítimas assassinadas neste ano é do sexo masculino, com 376 mortes. Especialistas ouvidos pelo Correio confirmam que o tráfico está diretamente ligado a diversas formas de violência, como o roubo e o homicídio. Quem compra droga a prazo e não cumpre o compromisso no tempo determinado, por exemplo, paga com a vida. Para que não sejam mortos, os viciados praticam roubos e furtos. Por outro lado, quando um líder de tráfico é identificado e preso, a violência também pode evoluir para um homicídio. “Quando há pouca oferta (de droga), os pedaços (bocas) mais nobres são disputados à bala”, destacou Xavier.