O filho mais velho do empresário Eike Batista, Thor Batista, de 20 anos, teve sua carteira de habilitação devolvida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) nessa quinta-feira. O Ministério Público havia pedido suspensão da carteira enquanto durasse o processo. A proibição tinha previsão para durar um ano.Thor Batista entregou a carteira de habilitação à Justiça, conforme havia sido determinado pela juíza da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Daniela Barbosa Assumpção de Souza, depois que a juíza aceitou o pedido do Ministério Público para processar Thor por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ela determinou ainda a suspensão por um ano, contados desde o dia da decisão, 17 de maio,  para "garantia da ordem pública".

A devolução foi justificada pelo desembargador Antônio Carlos dos Santos Bitencourt, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, que deferiu o pedido para sustar, até o julgamento final do Recurso os efeitos da decisão que determinava a suspensão. “A regra de que a suspensão ou proibição de dirigir seja admitida como penalidade, é intuitiva de que deva decorrer de sentença condenatória por crime previsto em tal legislação", diz a notificação.

Thor foi denunciado por homícidio culposo e responde pelo atropelamento e morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos. O acidente ocorreu em 17 de março. O ajudante de caminhão morreu ao ser atingido pela Mercedes de Thor ao atravessar a rodovia Washington Luís, na altura de Xérem na Baixada Fluminense.

Na época, a família acusou o filho de Eike Batista de estar em alta velocidade e de trafegar pelo acostamento. De acordo com o laudo pericial, a vítima estava atravessando a pista quando foi atingido pelo veículo. A Polícia Civil ainda não apresentou o laudo conclusivo sobre a velocidade do carro de Thor no momento do atropelamento. Ele negou que estivesse correndo e o teste do bafômetro indicou que Thor não havia ingerido álcool.