Seis em cada dez pacientes com doenças graves de fígado são portadores do vírus da hepatite, aponta levantamento do Serviço de Hepatologia do Hospital de Transplantes de São Paulo. De acordo com o estudo, divulgado hoje, a doença é a principal responsável pela cirrose hepática (transformação do fígado em tecido fibroso), superando, inclusive, o álcool. O agravamento da doença leva à indicação de transplante. Dados do Ministério da Saúde apontam a existência de cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite do tipo C, vírus com menor possibilidade de eliminação do organismo. O órgão destaca ainda que, a cada ano, surgem 33 mil novos casos de hepatites virais no país. Amanhã, será celebrado o Dia Mundial de Combate à Hepatite.
“Quando consideramos os casos graves de doença do fígado, 60% estão relacionados às hepatites virais . A hepatite C é a principal causa de indicação de transplante de fígado, equivale a 40% dos procedimentos feitos no hospital”, destaca Carlos Baía, médico coordenador do Serviço de Hepatologia do hospital. Segundo o coordenador, a cirrose, associada à hepatite, também aumenta em 20 vezes a chance uma pessoa ter câncer de fígado.
Baía aponta que a hepatite é uma doença silenciosa, pois os primeiros sintomas podem demorar entre dez e 30 anos para aparecer. “Durante todos esses anos, o vírus vai, lentamente, destruindo o fígado. Ele é um órgão com capacidade de regeneração muito grande, mas o vírus vai destruindo o fígado de forma lenta e progressiva. Começam, então, a se formar pequenas cicatrizes. Essas cicatrizes vão se juntando e formando o que a gente conhece como cirrose hepática”, explicou.
Com a demora no aparecimento dos sintomas, muitas pessoas já têm a doença, mas ainda não a identificaram. “O ideal é que as pessoas façam o exame de sangue para diagnosticar ou descartar a presença do vírus. Quanto mais demora, mais a doença progride e aumentam as chances de precisar de um transplante”, adverte Baía. Além do teste em laboratório, o exame pode ser feito de forma mais rápida com um aparelho específico, similar ao que testa a glicemia, informou o médico.
Segundo o coordenador, existem grupos de risco que devem estar ainda mais atentos ao diagnóstico precoce. Ele destaca as pessoas com mais de 40 anos, pois, de acordo com estudo do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, 2% das pessoas dessa faixa etária são portadores do vírus da hepatite C. Baía cita, ainda, as pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1994, quando não havia a testagem para a doença. Além desses grupos, fazem parte do grupo de risco pessoas que fizeram cirurgia de grande porte, que possuem piercing, tatuagem ou que tiveram contato com sangue contaminado.
Baía explica que existem seis tipos de vírus da hepatite. Os mais comuns são os tipos A, B e C. O tipo A é transmitido por alimentos contaminados e ocorrem com mais frequência em crianças. Os tipos B e C têm mais importância em termos de transplantes e doenças crônicas. A transmissão se dá por sangue contaminado. A hepatite B, no entanto, tem vacina e, em 85% a 90% dos casos, o vírus é eliminado do corpo. Já na hepatite C, ocorre o contrário, apenas 10% a 15% dos pacientes eliminam o vírus.
“Quando consideramos os casos graves de doença do fígado, 60% estão relacionados às hepatites virais . A hepatite C é a principal causa de indicação de transplante de fígado, equivale a 40% dos procedimentos feitos no hospital”, destaca Carlos Baía, médico coordenador do Serviço de Hepatologia do hospital. Segundo o coordenador, a cirrose, associada à hepatite, também aumenta em 20 vezes a chance uma pessoa ter câncer de fígado.
Baía aponta que a hepatite é uma doença silenciosa, pois os primeiros sintomas podem demorar entre dez e 30 anos para aparecer. “Durante todos esses anos, o vírus vai, lentamente, destruindo o fígado. Ele é um órgão com capacidade de regeneração muito grande, mas o vírus vai destruindo o fígado de forma lenta e progressiva. Começam, então, a se formar pequenas cicatrizes. Essas cicatrizes vão se juntando e formando o que a gente conhece como cirrose hepática”, explicou.
Com a demora no aparecimento dos sintomas, muitas pessoas já têm a doença, mas ainda não a identificaram. “O ideal é que as pessoas façam o exame de sangue para diagnosticar ou descartar a presença do vírus. Quanto mais demora, mais a doença progride e aumentam as chances de precisar de um transplante”, adverte Baía. Além do teste em laboratório, o exame pode ser feito de forma mais rápida com um aparelho específico, similar ao que testa a glicemia, informou o médico.
Segundo o coordenador, existem grupos de risco que devem estar ainda mais atentos ao diagnóstico precoce. Ele destaca as pessoas com mais de 40 anos, pois, de acordo com estudo do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, 2% das pessoas dessa faixa etária são portadores do vírus da hepatite C. Baía cita, ainda, as pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1994, quando não havia a testagem para a doença. Além desses grupos, fazem parte do grupo de risco pessoas que fizeram cirurgia de grande porte, que possuem piercing, tatuagem ou que tiveram contato com sangue contaminado.
Baía explica que existem seis tipos de vírus da hepatite. Os mais comuns são os tipos A, B e C. O tipo A é transmitido por alimentos contaminados e ocorrem com mais frequência em crianças. Os tipos B e C têm mais importância em termos de transplantes e doenças crônicas. A transmissão se dá por sangue contaminado. A hepatite B, no entanto, tem vacina e, em 85% a 90% dos casos, o vírus é eliminado do corpo. Já na hepatite C, ocorre o contrário, apenas 10% a 15% dos pacientes eliminam o vírus.
Além da vacinação no caso do vírus tipo B, os principais meios de prevenção contra a hepatite são a utilização de preservativos nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos cortantes.