Em mais uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para prender os criminosos que atacaram a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, no Complexo de Favelas do Alemão, zona norte da capital fluminense, uma menina de 11 anos, acabou morrendo, atingida por uma bala perdida, no Morro da Quitanda, em Costa Barros, onde estariam escondidos suspeitos do ataque à UPP. No local, os policiais militares entraram em confronto com homens aramados. Bruna da Silva Ribeiro foi alvejada por um tiro de fuzil na barriga. A menina foi socorrida em uma uma Unidade de Pronto-Atendimento e depois transferida para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, onde morreu no fim da noite de ontem (28). Revoltados, os moradores do Morro da Quitanda, que fica ao lado do Morro da Pedreira, também em Costa Barros, depredaram quatro ônibus urbanos e atearam fogo em pneus, interditando a Avenida Martir Luther King Jr, que corta a comunidade. Dois fuzis usados por policiais do Bope foram apreendidos pela Polícia Civil para a perícia fazer o teste de balística para saber se o tiro saiu das armas dos policiais. A Polícia Militar (PM) divulgou nota manifestando pesar pela morte da menina. %u201CUm a corporação que prima pela proteção à vida não poderia ficar insensível à perda de uma criança, ainda mais na mesma semana em que também foi vítima a soldado Fabiana, primeira mulher a morrer num confronto na história da PM%u201D. O corpo de Bruna será enterrado na tarde hoje no Cemitério de Irajá, na zona norte da cidade.
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