Jornal Estado de Minas

Vingança teria motivado tio a matar criança com 20 facadas

Pedreiro foi detido no sábado, um dia depois de assassinar menina de 9 anos


Rio de Janeiro
– Foi preso na noite de sábado um homem acusado de matar a própria sobrinha, a menina Karine, de 9 anos, a facadas, na noite de sexta-feira, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele confessou a autoria do crime. O delegado que acompanha o caso pela Delegacia de Homicídios, Alan Lacerda, disse que o suspeito, o pedreiro Gilmar Batista da Cunha, de 38, é companheiro da tia biológica da criança e planejou o crime sozinho, possivelmente por vingança, já que teria desavenças com o pai da menina.
Na noite do crime a garota estaria sozinha em casa, na Estrada da Moriçaba, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, quando o homem tentou abusar sexualmente dela. Sem sucesso, o criminoso matou a menor com aproximadamente 20 facadas, estimou a Polícia Civil. De acordo com a polícia, não foram encontrados vestígios de estupro no corpo da menina, que morava com os pais e uma irmã adolescente.

O corpo da sobrinha do suspeito foi encontrado embaixo de uma cama. As investigações ainda não apontam o motivo do assassinato. Gilmar foi levado para a Divisão de Homicídios, onde confessou a autoria do crime. Ele vai responder por estupro de vulnerável e homicídio culposo consumado, com duas qualificadoras (motivo fútil e ocultação de crime precedente).

CASO JUAN Os quatro policiais militares acusados de assassinar o menino Juan, morto durante uma operação da PM em Nova Iguaçu, em junho de 2011, vão a júri popular, definiu o Tribunal de Justiça do Rio. A decisão do juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, que saiu na sexta-feira, ainda manteve a prisão preventiva dos réus, que estão detidos desde o fim de julho de 2011.

Isaías Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva são acusados de dois homicídios dolosos qualificados e duas tentativas de homicídios dolosos. Eles participavam de uma operação do 20º BPM (Mesquita) na Favela Danon, onde Juan, de 11 anos, morava. O menino morreu após ser baleado pelos polciais e seu corpo desapareceu do local. O cadáver só foi encontrado em 17 de agosto, em um córrego de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tendo que ser identificado por exames de DNA.