Adley nasceu com uma doença rara chamada síndrome de Ondine, que o impede de respirar sozinho. A doença faz com que ele não receba estímulos para que o diafragma faça os movimentos de inspirar e expirar. E o marca-passo tem exatamente a função de estimular o nervo responsável pela respiração.
Por ter uma doença rara e ser dependente de respirador artificial, Adley mora em um hospital desde que nasceu e nunca viu a luz do sol. O menino nunca saiu para a rua, nunca foi para casa, nunca interagiu com outras crianças da sua idade.
“A ansiedade está muito grande. A nossa batalha está chegando ao fim, graças a Deus. Em 60 dias o Adley deve receber alta e finalmente irá para casa conhecer o quartinho dele”, disse o manobrista Josimar João Sales, de 23 anos, pai do menino.
Segundo Sardenberg, a cirurgia para implante do marca-passo é simples e deve durar de duas a três horas. Após isso, o menino deve aguardar de duas a três semanas antes de ligar definitivamente o aparelho.
Josimar e a mulher, Bárbara, não veem a hora de levar o menino para casa. “Até hoje meu filho viveu preso dentro de um berço, confinado num ambiente de hospital. Ele só conhece o mundo pela janela. Assim que sairmos daqui, vamos levá-lo brincar num parque”, afirmou o pai.