Para a líder do movimento, Débora Maria da Silva, a suspensão da página foi um ato de censura. “Ela foi fechada porque há uma perseguição às mães. É uma represália. Não querem que mostremos que a polícia no Brasil é assassina. (A polícia) Não faz prevenção, mas o extermínio em comunidades periféricas. Eles estão nos colocando para fora porque denunciamos isso e incomodamos as pessoas. É uma democracia que não chega até os pobres”, disse.
O Movimento Mães de Maio é formado por cerca de 70 mulheres que apontam a Polícia Militar como responsável pela morte de seus filhos, direta ou indiretamente. O grupo pede a desmilitarização da polícia, a criação de uma política de apoio aos familiares de vítimas da violência do Estado e a caracterização das mortes cometidas por policiais como homicídio, e não “resistência seguida de morte”, como são registradas atualmente.