A participação de mais uma pessoa no crime é cogitada desde o início das investigações, mas até agora não havia indício real de coautoria. Para prová-la, no entanto, será preciso identificar o dono da amostra de sangue encontrada no quarto para onde a vítima foi arrastada após ser baleada, já na madrugada de 20 de maio.
O promotor de Justiça José Carlos Cosenzo, responsável pelo caso diz que recebeu o relatório na sexta-feira e a Promotoria deve agora solicitar esclarecimentos técnicos aos peritos para saber se as amostras de fato colocam outra pessoa na cena do crime. "Sempre acreditamos que Elize tinha contado com a ajuda de um terceiro depois de praticar o crime. No esquartejamento, na distribuição e acondicionamento das partes do corpo e na maquiagem feita na cena do crime."
Segundo o promotor, o fato de ainda não terem aparecido imagens de pessoas subindo no apartamento de Matsunaga não impede que terceiros tenham participado do crime. "O que sabemos é que ninguém subiu de elevador. Mas nada impede que tenha entrado pela escada ou deixado o prédio dentro de um carro", diz. Ele defende que sejam feitas novas investigações para confirmar a hipótese de ajuda de terceiros.
Elize está presa em Tremembé, no interior, desde 4 de junho. Ré confessa, diz que matou o marido durante discussão iniciada por causa da infidelidade da vítima. O advogado dela, Luciano Santoro, não foi encontrado ontem.