(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Promotoria pedirá esclarecimentos sobre DNA em laudo do caso Matsunaga

Na nova hipótese, Elize teria recebido ajuda para realizar o esquartejamento e o ensacamento de partes do corpo do marido


postado em 03/09/2012 19:30 / atualizado em 03/09/2012 19:48

O Ministério Público terá que pedir esclarecimento a Polícia Técnico-Científica acerca do resultado de laudo do DNA nas investigações do assassinato de Marcos Kitano Matsunaga. De acordo com informações do promotor do caso, José Carlos Cosenzo, os exames indicam que no local do esquatejamento, além do sangue da vítima foi constatado a presença de sangue de uma pessoa do sexo masculino e outra do sexo feminino, se este último é de Elize, ainda não é possível afirmar. Mas diante dos materiais encontrados existe a possibilidade de  uma terceira pessoa ter participado de algumas ações.

Por enquanto a hipótese dessa pessoa ter ajudado na execução do crime está descartada, o que está sendo cogitado é que Elize teria recebido ajuda para realizar o esquartejamento e o ensacamento de partes do corpo.

Ainda segundo o promotor, o laudo necroscópico indica que os cortes na parte inferior do corpo como pernas e abdome foram feitas por alguém que entendia de anatomia, enquanto a parte superior foi esquartejada por alguém sem conhecimento da área.

O diretor da Yoki foi morto com um tiro e esquartejado em 18 de maio na Zona Oeste da capital paulista. A viúva é ré confessa do crime e está presa aguardando a Justiça decidir se ela irá a júri popular por assassinato e ocultação de cadáver. Enquanto as novas investigações não são apuradas, Elize continua sendo a única suspeita do crime que agiu sozinha, baseando-se na investigação e laudos periciais, inclusive o da reconstituição do crime. Ainda deverá ser apurado pelos peritos se  o sangue encontrado é do mesmo dia do crime ou de uma outra data.


O crime
O assassinato ocorreu no dia 19 de maio deste ano, quando após sofrer uma agressão, Elize disparou contra o marido com uma arma da família.  A apuração da perícia e o depoimento de Elize são contraditórios, pois segundo a polícia, a mulher matou o homem de cima para baixo e o decapitou ainda vivo. O corpo foi esquartejado e colocado em três malas e no dia seguinte a mulher se livrou das partes do corpo do marido.

Reconstituição por Elize
O vídeo da reconstituição do crime começa na sala de jantar do apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo. Elize está assentada e encena a briga que teve com o marido, que é representado por um policial. O perito conduz a reconstituição e faz perguntas. Elize responde a tudo de forma resumida e num tom baixo.

Elize conta que o marido ficou alterado quando soube que ela colocou um detetive particular atrás dele. Lembra que ele se levantou, bateu as mãos na mesa e também a agrediu com um tapa na cara. Ela relata que saiu da sala, foi até o bar e pegou uma arma na gaveta. Em seguida ficou esperando até que ele apareceu e ela apontou a arma para ele. “Ele estava caminhando ou estava parado?”, pergunta o perito a Elize. Ela responde: “Estava parado, porque eu acho que ele viu que eu estava com a arma”. Em seguida acrescenta: “Aí ele começou a falar que eu não tinha coragem para fazer isso. Aí a gente continuou discutindo. Aí, eu fui dando passo para trás e ele veio vindo devagar”. O perito pergunta: “Ele te olhou olho no olho?” e Elize responde “Foi”. Em seguida o policial completa: “E aí você atira nesse momento?” e ela diz apenas “É”.

Elize ainda mostrou como arrastou o corpo do marido, levantando tapetes e tirando uma cadeira do caminho. A cena do esquartejamento não foi divulgada em vídeo, mas durante a reconstituição ela mostrou onde fez os cortes e como guardou as partes em malas.

 
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)