O hotel de selva mais popular da Amazônia, Ariaú Towers, retira neste sábado do Rio Negro o iate Ariaú Açú que virou na tarde de sexta-feira, a 15 quilômetros de Manaus. Em seis meses a embarcação estará apta a retornar às águas amazônicas. No momento do acidente, estavam a bordo, com destino a capital amazonense, 39 passageiros e seis tripulantes, mas não houve mortos, só feridos leves.
A assessoria do hotel informou neste sábado que a embarcação tem capacidade para levar 120 pessoas e afastou a acusação de superlotação. "O iate é muito seguro, havia coletes salva-vidas, por exemplo, sobrando. Mas ter uma embarcação em alto rio nos sujeita, eventualmente, a um acidente", disse o assessor do hotel, Ribamar Mendes. Ele detalhou, ainda, que o iate tem heliporto e é o modelo de embarcação ideal para navegar em rios amazônicos, que têm grandes extensões, e em rios internacionais. "O acidente não tem relação com o modelo ou capacidade da embarcação. A causa foi o que chamamos na aviação de 'vento de cauda' que empurra o avião para seu destino. No nosso caso o vento (chovia e ventava na hora do acidente) acabou tombando o iate", detalhou. Ainda neste sábado o hotel e o Corpo de Bombeiros irão içar a embarcação. E, segundo Mendes, em seis meses o Ariaú Açú estará apto a retornar às águas amazônicas para fazer o transporte entre Manaus e o hotel de selva. De acordo com a assessoria do hotel Ariaú, dos 39 passageiros, dois eram norte-americanos, o restante mora em Manaus e iriam passar o feriado de 7 de Setembro no hotel. Não houve vítimas e alguns tiveram pequenos cortes por causa de estilhaços de vidro do iate. Passageiros e tripulantes foram avaliados por médicos e tiveram alta. O tenente do Corpo de Bombeiros, João Filho, acrescentou que na manhã deste sábado mergulhadores retomaram as atividades, vasculhando a área em busca de possíveis vítimas. "Estamos fazendo nosso trabalho. Embora, segundo o hotel, todas as vítimas já tenham sido retiradas", destacou.