Jornal Estado de Minas

Passeata no Recife lembra morte de bebê por falta de atendimento

Para os parentes, a demora causada pelo plano de saúde foi o motivo da piora de Micael Abner, morto aos dois meses de idade

Diário de Pernambuco

- Foto: Diário de Pernambuco/ReproduçãoFamiliares do bebê Micael Abner, que morreu em 1° de abril, após ser internado com uma infecção urinária no Hospital Santa Efigênia, em Caruaru, realizam uma passeata esta manhã no Recife. A criança tinha apenas dois meses quando foi encaminhada ao hospital particular, mas demorou para ser atendido por ter sido exigido cheque caução de R$ 1,1 mil para o internamento. A caminhada começa às 10h na esquina da Rua Velha com a Rua Doutor José Mariano, seguindo até a Rua Sete de Setembro, onde fica a sede do plano de saúde. A expectativa é reunir cerca de cem pessoas.
De acordo com os organizadores, o protesto representa a luta e a indignação contra o descaso dos médicos e principalmente do plano de saúde e para exigir respeito à vida e às leis, evitando que tragédias como esta voltem a acontecer.O caso está sendo investigado pela 89º Delegacia de Caruaru que ainda não apresentou o inquérito. A família também entrou com uma ação civil apoiada pela Associação dos Usuários dos Planos e Seguros de Saúde (Adusesp).

De acordo com a família, a demora no atendimento acarretou em complicações para o bebê, que sofreu quatro paradas cardíacas e faleceu em seguida, com infecção generalizada. A criança tinha plano de saúde desde que nasceu, mas operadora de saúde teria alegado para os pais que ainda estava em período de carência, e por isso, não poderia cobrir o internamento

Para os parentes, a demora causada pela burocracia foi o motivo da piora de Micael Abner. Agora, eles querem chamar a atenção da sociedade sobre a negligência dos planos de saúde com seus credenciados.