- Foto: As duas jovens que foram estupradas coletivamente por músicos da banda New Hit, na cidade de Ruy Barbosa, na Bahia, irão receber apoio da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH). A medida foi confirmada após contínuas ameaças de morte que as garotas e as famílias vinham sofrendo. As adolescentes e as mães das garotas receberam mensagens por telefone e também pela internet. Com medo, os irmãos das vítimas pararam de frequentar a escola.A solicitação foi feita pelo Conselho Tutelar de Itaperapa após as denúncias, segundo Iraciara Cerqueira, que faz parte da coordenação do programa. Agora, as jovens e suas famílias passam a fazer parte do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM). Com isso, as jovens e os familiares deverão ser instalados em novos endereços em uma outra cidade, que será mantida em sigilo judicial. O objetivo é de entregar a elas novas condições saudáveis de vida em sociedade. Elas receberão apoio psicólogico, mas também apoio  educacional e cultural para uma melhor reintegração da nova vida.

No começo deste mês, os resultados dos exames de corpo de delito, confirmaram que as duas garotas de 16 anos foram estupradas pelos integrantes da banda, de acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, da cidade de Ruy Barbosa. Os músicos continuam presos no presídio de Feira de Santana. Já o policial, suspeito de conivência, está custodiado na Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP) da corporação, localizada no Batalhão de Choque em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

No relato de uma das garotas, ela diz que junto com a amiga pediu ao produtor da banda para tirarem as fotos e quando chegaram em cima do trio elétrico os músicos disseram que era melhor fazer as fotografias no ônibus, já que o local teria menos bagunça. Já dentro do veículo elas foram conduzidas até o fundo do ônibus, pois segundo os músicos a luz de trás estava melhor para as fotos. Foi no momento em que a jovem foi empurradas para dentro do banheiro e estuprada pelos homens, em rodízio. Além do ato sexual, eles também bateram nelas para que não pedissem ajuda. Segundo uma informação ainda não confirmada pela polícia civil, uma das jovens era virgem e por isso ficou muito machucada.

O advogado da banda entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado na última semana. Para dar continuidade as investigações a polícia aguarda agora o resultado do laudo do exame das roupas das duas jovens, em elaboração no Departamento de Polícia Técnica (DPT), de Feira de Santana.