Rio de Janeiro – O número de crianças de 5 a 13 anos que trabalham no país caiu 23,5% entre 2009 e 2011. Apesar disso, o contingente de trabalhadores nessa faixa etária ainda soma 704 mil crianças em todo o país. Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Trabalho infantil aumenta em três estados, aponta relatório da OITBrasil tem queda de mortalidade infantil e atinge meta da ONU antes do prazoMortalidade infantil cai 32% entre 2000 e 2011 em São Paulo Proibição da publicidade infantil é discutida na Câmara dos DeputadosTrabalho infantil aumenta entre crianças de 10 a 13 anos no BrasilBrasil corre risco de não cumprir meta de erradicar trabalho infantil, diz diretor adjunto da OITCampanha vai usar redes sociais no enfrentamento ao trabalho infantil“Os dados da Pnad 2011 vêm confirmar a tendência dos últimos anos de queda do trabalho infantil. Apesar do dado ser positivo, ainda é preocupante, porque requer a intensificação da política pública para essa faixa etária, com municipalização dessa política. Em ano eleitoral, é fundamental que as plataformas do prefeito incluam a proteção da criança e do adolescente. Caso contrário, essa tendência pode sofrer um desvio”, afirma o coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes.
Entre as regiões brasileiras, o Nordeste concentra o maior contingente de trabalhadores com 5 a 13 anos (336 mil), por questões econômicas. Na Região Sul, onde 80 mil crianças trabalham, há um fator cultural, em que os pais têm o costume de ensinar o ofício aos filhos.
Entre os adolescentes de 14 a 17 anos, faixa etária em que o trabalho é permitido sob determinadas condições, houve também queda no número de trabalhadores, passando de 3,35 milhões em 2009 para 2,97 milhões em 2011.