Jornal Estado de Minas

Dono de bimotor que caiu em Ilhéus prestará depoimento nesta quinta-feira

Proprietário explicará porque entregou avião a piloto não habilitado

Saulo Araújo
O dono do bimotor que caiu na Bahia prestará depoimento na tarde desta quinta-feira, na Delegacia de Proteção ao Turista de Ilhéus. Bruno de Sá Martins de Araújo terá de explicar aos investigadores por que a direção da aeronave foi trocada. Na autorização concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), quem deveria estar pilotando o equipamento era Amílcar Jacobina, e não Joaz Cardoso Ribeiro. Este último era habilitado apenas para operar aviões monomotores.
A delegada chefe da unidade, Adriana Paternostro, adiantou que Bruno pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O proprietário da aeronave ainda será obrigado a arcar com todas as despesas referentes aos traslados dos corpos para Brasília.

Buscas

Equipes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), da Força Aérea Brasileira, da Marinha e do Corpo de Bombeiros local retomaram os procedimentos de resgate na manhã de hoje, mas ainda não há novidades.

Na quarta-feira (26), foram encontrados uma pasta de documentos de navegação aérea, partes de uma urna funerária e uma bolsa com o número da matrícula do avião. O corpo do piloto também foi localizado perto do material. O Corpo de Bombeiros foi acionado por dois pescadores que passavam pela praia e viram os destroços.

Relembre o caso

O bimotor saiu de Ilhéus, na Bahia, às 22h55 de segunda-feira (24) e chegaria na capital federal por volta de 1h25 do dia seguinte. Logo após a decolagem, os órgãos fiscalizadores perderam o contato com a aeronave. A aeronave transportava o corpo de Carita. O enterro dela estava marcado para 12h de terça-feira (25), no Cemitério Campo Esperança.