Para incentivar o exame preventivo do câncer de mama, a iluminação dos prédios do Congresso Nacional ganhou tons de rosa, que permanecerão durante todo o mês de outubro. Sessão solene marcou o início das ações relativas ao movimento Outubro Rosa de combate ao câncer de mama.
Autora do requerimento para realização da sessão, a senadora Ana Amélia (PP-RS) destacou que o mês de outubro, mais do que uma referência com a mudança na tonalidade dos monumentos, se tornou, desde 2007, o mês da adoção de políticas públicas de combate ao câncer de mama.
“São 35 mulheres que morrem por dia no país por causa dessa doença. Há muito a ser feito no combate a esse mal. As chances de cura são de 95% quando a doença é detectada precocemente”, disse Ana Amélia, que perdeu uma irmã vítima da doença.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que o mês de outubro representa um reforço nas ações de combate ao câncer. Ele informou que hoje (1º) assinou uma portaria instituindo um programa de mamógrafos móveis, para atender principalmente às populações que têm mais dificuldade no acesso ao exame nas cidades.
“Temos que fazer um grande esforço para vencer o preconceito existente [contra o exame]. Muitas mulheres não comparecem para o exame marcado por medo do resultado como sentença de morte. Temos que conscientizar as mulheres da importância do exame e que o diagnóstico precoce pode salvar vidas”, disse o ministro.
Segundo ele, o Brasil aumentou em 40% o número de mamografias em 2011, comparado com 2010. No primeiro semestre deste ano foi registrado aumento de 20% na realização do exame em relação ao mesmo período do ano passado. O ministro informou que auditoria feita pelo ministério identificou que o país tem mamógrafos suficientes, mas que estão mal distribuídos.
Padilha disse ainda que será feito um trabalho para otimizar o uso desses equipamentos e deslocar os aparelhos de forma a atender todas as cidades do país. A presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Maria Teresa Falcão, enfatizou a importância dos governos estaduais, municipais e federal atuarem para aumentar as condições para que todas as mulheres possam, independentemente da faixa etária, fazer o exame.
“Esta é uma maneira de alertar as mulheres e todas as pessoas sobre a prevenção do câncer de mama. Porque quando tratado a tempo, ele tem cura. É um alerta para que as mulheres façam a mamografia, mas para isso temos que ter a colaboração da Presidência da República e dos políticos para darmos condições para que as mulheres encontrem no Sistema Único de Saúde condições de fazer o exame”, disse.
Ao lado da senadora Ana Amélia e representantes de movimentos que lutam contra o câncer de mama, Padilha acionou o dispositivo elétrico que mudou a iluminação da Câmara e do Senado para o tom de rosa. Além Congresso, o Palácio do Planalto e o Ministério da Saúde também estão com a sua iluminação em tom de rosa.