O coordenador da ONG, Fábio Pegrucci, explica que as placas são o primeiro passo. “Não existe um lugar para descarte do animal. Nem queremos que isso exista. O ideal é que se adote de forma responsável, até mesmo os vira-latas.” Para o coordenador, faltam iniciativas. “A gente tem pedido há bastante tempo que pelo menos uma sinalização fosse colocada e conseguimos isso em audiência. Precisamos mostrar que a autoridade pública está de olho em quem pretende abandonar um filhotinho no parque.”
A Cão sem Dono, outra ONG envolvida na campanha, calcula que em toda a capital existam mais de 100 mil animais perambulando pelas ruas. “Só que para muitos eles são invisíveis”, lamenta o diretor Vicente Define Neto. “Para nós a iniciativa foi uma grande vitória. Nós temos hoje 218 cães em dois abrigos, em Itapecerica e em Paraibuna”, conta.
Ampliação
O Villa-Lobos e o Horto fazem parte de uma lista de parques que serão contemplados com a posse responsável. Até o fim do ano, outras áreas naturais do Estado ainda vão fazer parte do programa. Mas os locais ainda não foram divulgados pela Secretaria do Meio Ambiente. A secretaria lembra que o lançamento das placas é um “complemento” da campanha iniciada em março. Na época, o secretário Bruno Covas recebeu os grupos voluntários, hoje parceiros do Estado, para ouvir suas sugestões.
Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde não soube mensurar o número de animais em situação de rua atualmente em São Paulo. Segundo a pasta, o recolhimento de animais soltos é feito quando há situação de risco. Hoje, o Centro de Controle de Zoonoses mantém 400 animais.