O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afastou a hipótese de que o País esteja sofrendo um problema estrutural em seu sistema de transmissão de energia. A interrupção no abastecimento de eletricidade ocorrida na noite de quarta-feira, nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país se deveu à falha em um equipamento da subestação Foz do Iguaçu, de Furnas, que tirou do sistema uma carga de 3,5 mil megawatts (MW).
Chipp argumenta que não há relação com o apagão ocorrido na região Nordeste em agosto ou com o atraso na instalação de linhas de transmissão que permitirão o início do funcionamento de usinas eólicas na Bahia. "O que aconteceu foi um 'apaguinho' e não um apagão, como o de 2001.
"Duvido que vá haver qualquer penalização. Não acredito que será comprovado que houve negligência. As empresas estão fazendo a manutenção dos equipamentos regularmente. A probabilidade de o problema ocorrer novamente é muito remota", afirmou Chipp. A equipe técnica do ONS se reunirá na sexta-feira (05) com os técnicos de Furnas, na sede do ONS, para avançar na análise da falha ocorrida e propor soluções que evitem a repetição do problema ao longo do sistema, destacou Chipp.