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Integrante de delegação da União Europeia sofre sequestro em BrasíliaApresentadora do SBT sofre sequestro-relâmpago em SPSequestro de família quase acaba em tragédia em SPVítima de sequestro-relâmpago é obrigada a beber líquido com gosto de sanguePerseguição com tiroteio termina em morte em rodovia“Eles tinham linguagem intelectual, um disse que leu Shakespeare e Verissimo”, observou a vítima, que tinha acabado de assistir a aula de poesia francesa. Ela disse que só vê seguranças no câmpus na hora da entrada das aulas, por volta das 19h. “Na saída a gente não vê mais ninguém”, reclamou.
Insegurança
No dia seguinte ao crime, a reportagem esteve no câmpus entre 20h30 e 22h e não encontrou ronda de policiais miliares. Apenas um carro da Guarda foi visto em uma rotatória, mas logo deixou o local. Alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), onde aconteceu o assalto, também confirmaram que diminuiu a frequência de policiais na região e nos bolsões de estacionamento. “Aparecem de vez em quando e durante o dia”, afirmou uma estudante que preferiu se identificar apenas como Beatriz, de 23 anos.
Segundo a jovem, pegar ônibus no ponto do câmpus virou um problema. “Tenho medo, aqui é muito escuro, preferimos andar em grupo para não acontecer nada.” Um colega, de 25 anos, disse que a Guarda chega a fazer patrulhamento a pé, mas seria insuficiente. O delegado Celso Garcia, titular do 93.º DP (Jaguaré), disse que a USP não tem registrado muitos crimes. “Há casos isolados.” Recentemente, o policial apreendeu um adolescente que estaria assaltando alunos.
Procurada por três vezes, a PM não comentou o caso. O capitão Rodrigo Cabral, da Assessoria de Imprensa, afirmou que quem poderia comentar era o coronel Luiz Castro, responsável pela Guarda Universitária. A USP disse que Guarda não tem poder de polícia e indicou a PM para comentar os crimes.
A USP informou que entre as medidas de segurança a serem adotadas está a instalação de catracas, mas a nova medida não tem previsão para ser colocada em prática. A vítima de sequestro relâmpago registrou o caso no 27.º DP (Campo Belo), pois mora nas imediações. Na quinta-feira (04), ela esteve no 93.º DP para prestar depoimento. Ela afirma que também reclamaria com a Reitoria.