Cinco horas e meia após a ocupação de cinco favelas da zona norte do Rio de Janeiro pelas forças de segurança, foi realizada a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio em uma praça localizada no interior da Favela de Manguinhos. Participaram do ato representantes das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, além de militares da Marinha e membros da Defensoria Pública do Estado. Curiosos, dezenas de moradores da comunidade acompanharam a cerimônia, que começou pontualmente às 10h30 e durou quase 5 minutos. Além de Manguinhos, foram ocupadas as favelas do Jacarezinho, Mandela 1 e 2 e Varginha. Cerca de 70 mil pessoas vivem nas cinco comunidades, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alonso disse ainda que cerca de 50 PMs do Bope permanecerão nas favelas ocupadas a cada turno de 24 horas. Um contêiner que servirá de base para os policiais será instalado em Manguinhos ainda neste domingo. A expectativa é de que o Bope permaneça nas comunidades até o fim do ano, quando deverá ser inaugurada a 29ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade.
"Após a ocupação propriamente dita, agora passamos para a segunda fase do trabalho, que é o vasculhamento de cada casa e cada viela dessas comunidades, à procura de traficantes, armas e drogas. Para isso, contamos com a população, que pode nos ajudar ligando para o Disque-Denúncia (21-2253-1177)", afirmou Alonso.
Cerca de 2 mil homens, entre policiais militares, civis e rodoviários federais, além de fuzileiros navais, participaram da ocupação das comunidades, que teve início às 5 horas da manhã deste domingo. Três horas antes, 13 blindados da Marinha foram transportados em caminhões do Batalhão de Engenharia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, até as proximidades das favelas que seriam ocupadas.
Eram 4h45 quando os blindados partiram em direção às favelas e foram seguidos pelos agentes das polícias Militar e Civil. Todas as comunidades foram ocupadas pelas forças de segurança em 20 minutos, segundo a Secretaria Estadual de Segurança. Não houve registro de confrontos com traficantes.