Um agente penitenciário foi baleado na manhã desta terça-feira dentro de um carro da Secretaria de Administração Penitenciária, quando se dirigia ao Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo Campinas-Hortolândia. A tentativa de homicídio aconteceu um dia depois da megaoperação do Ministério Público e da Polícia Militar para prender os principais líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na cidade e região.
Antônio Sérgio Pitombo, de 43 anos, que estava em horário de trabalho e usando um carro oficial, foi fechado por um outro veículo, na SP-101, em Hortolândia, principal acesso para o complexo penitenciário. Segundo a polícia, a vítima percebeu a abordagem e fugiu.
Os criminosos dispararam um único tiro de fuzil, que atingiu o carro na traseira, atravessou a lataria, o banco e acertou as costas do agente. Um outro funcionário do CDP que estava no banco do passageiro assumiu a direção do veículo e levou a vítima até um pronto-socorro, em Campinas.
A bala que atingiu Pitombo ficou alojada no abdômen e seu estado de saúde era estável até o final da tarde desta terça-feira. Ele foi transferido para o Hospital das Clínicas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A Polícia Civil vai investigar se o atentado teve relação com as 27 prisões de líderes do PCC de duas células da facção criminosa que comandavam o tráfico de drogas em Campinas e em cidades da região realizadas na segunda-feira. Os dois grupos estavam diretamente ligados aos atentados cometidos contra policiais este ano em São Paulo, segundo investigações dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
A polícia também não descarta a possibilidade de o agente ter sido abordado pelos criminosos em uma tentativa de roubar o carro oficial da SAP para uma possível ação de resgate no Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia, que abriga quase 10 mil detentos.