O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou que o problema foi causado por uma falha humana após o processo de manutenção, mas destacou que essa falha também não foi detectada pela empresa. "A falha não foi identificada porque testes operacionais não foram feitos. Como a proteção não funcionou, o desligamento foi propagado", acrescentou.
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SP espera preço de energia para definir situação da CespCopel fornece 5% mais energia entre janeiro e setembroConsumo de energia cresce 1,8% em setembro, diz EPEMME diz não serem normais frequentes quedas de energiaMinistério descarta relação entre apagões e concessõesAneel fará 'pente fino' em todo sistema de transmissãoChipp disse que o ONS também identificou falhas no religamento de energia, que demorou mais de quatro horas. "O tempo de recomposição foi muito demorado, estamos investigando. Houve falhas nos três caminhos principais de religamento da energia, como bloqueios de disjuntores, tensões elevadas", completou.
De acordo com ele, os órgãos já iniciaram estudos para a definição de caminhos alternativos de religamento da eletricidade e a superação desses bloqueios.
Apesar da causa apontada para o apagão ser "falha humana", o ministro interino de Minas e Energia garantiu que a hipótese de falha proposital está completamente descartada. "Ocorreram duas coisas: um erro de um técnico e a falta de um procedimento de verificação por parte da empresa", completou.
Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, o órgão regulador poderá rever seus regulamentos para testes de equipamentos e procedimentos de emergência. "houve falha humana, mas também houve falha de procedimento da empresa. Vamos investigar e partir também para uma série de aprimoramentos no sistema", prometeu. O relatório da ONS sobre a ocorrência será enviado para a Aneel.