Jornal Estado de Minas

Deputados pedem atenção a momento tenso vivido pela etnia guarani-caiová

Correio Braziliense
O drama vivido pelos índios guaranis-caiovás no país, em especial da comunidade Pyleito Kue em Iguatemi (MS), vem mobilizando entidades civis, a Justiça e o governo federal. Além do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional do Índio (Funai), que recorreram da decisão judicial contrária à permanência dos indígenas na Fazenda Cambará, deputados da comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) também se envolveram na questão. Os parlamentares enviaram ontem uma carta à presidente Dilma Rousseff em que pediam atenção especial à situação vivida pela etnia.
A CDHM mandará ainda um documento às Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) para alertá-las sobre as condições de tensão e risco que os indígenas enfrentam no Brasil, em especial os de Mato Grosso do Sul. Na manhã de ontem, cerca de 400 pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios na Marcha Brasília contra o genocídio do povo guarani-caiová.

No documento enviado à presidente, a comissão pediu atenção não só aos guaranis-caiovás de Pyelito Kue, mas também aos índios da comunidade Passo Piraju, também em Mato Grosso do Sul. Juntas, as duas aldeias somam cerca de 500 pessoas. “Nós enviamos representantes à região no ano passado para entender melhor o que se passa por lá. Os indígenas estão confinados em locais com problemas de acesso, em condições degradantes de existência”, comenta a presidente da CDHM, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF).