Jornal Estado de Minas

Homicídio cresce 86% em outubro em São Paulo e bate recorde

Agência Estado
As mortes envolvendo policiais militares e as execuções suspeitas de civis continuam contribuindo para a explosão dos homicídios em São Paulo. Até a tarde da última quarta-feira, a capital já havia registrado 145 homicídios em outubro, crescimento de 86% em relação ao mesmo mês do ano passado, que teve 78 ocorrências. Os dados são do Sistema de Informações Criminais (Infocrim) e não levam em consideração os registros da noite de quarta-feira.
É o segundo mês consecutivo em que a capital registra recorde de homicídios desde que a contabilidade mensal começou a ser feita pelo governo de São Paulo, em janeiro do ano passado. O recorde já havia sido quebrado em setembro passado, com 135 homicídios - total 96% maior do que o mesmo mês do ano anterior. “As operações policiais iniciadas nesta semana nas Favelas de Paraisópolis (zona sul), Funerária (zona norte) e São Remo (zona oeste) foram feitas em cima de inteligência e planejamento. Conseguimos identificar de onde partiam algumas instruções para a morte de policiais e creio que por isso a tendência da curva de homicídios deve começar a se reverter”, afirma o coronel Marcos Chaves, do Comando de Policiamento da Capital.

A 6.ª Delegacia Seccional de Santo Amaro, que compreende bairros da periferia da zona sul, foi a que registrou maior quantidade de homicídios, com 28 ocorrências. O 47.º Distrito Policial, no Capão Redondo, com 16 casos, cresceu 128% em relação ao mesmo período do ano passado. Na sexta-feira (02), moradores do Jardim Ângela vão realizar uma caminhada pela paz.

A 7.ª Seccional, em Itaquera, na zona leste, e a 3.ª, na zona oeste, com 26 casos, empataram em segundo lugar. Em seguida, vem a 4.ª seccional, na zona norte, com 22 casos. A 8.ª, em São Mateus, na zona leste, teve 18 casos. As três seccionais com menos casos foram a 1.ª, no centro, com 10 casos, a 2ª, na região centro-sul, com 8 ocorrências, e 5ª, na zona leste, com 6.