A Justiça do Rio decretou nessa quarta-feira a prisão preventiva de 14 denunciados por envolvimento na chacina da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, ocorrida no início de setembro. O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, recebeu a denúncia do Ministério Público contra os suspeitos, e justificou a decretação da prisão preventiva como "imprescindível para garantir a vida das testemunhas e impedir a reiteração de ações de extermínio".
Todos foram denunciados pelo crime de homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, mediante tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e com recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.
Os criminosos seriam traficantes ligados à facção Comando Vermelho, que controla os pontos de venda de drogas da Chatuba. As seis vítimas teriam sido confundidas com traficantes de uma facção rival. Os corpos dos seis rapazes foram encontrados apenas na manhã do dia 10, segunda-feira, às margens da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura do bairro São José, em Nova Iguaçu, também na Baixada.
Durante as investigações, a Polícia Civil afirmou que os criminosos da Chatuba também seriam responsáveis pelas mortes de mais três pessoas naquele fim de semana: o pastor Alexandre Lima o cadete da PM Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, e de José Aldecir da Silva Júnior, de 19.
Tiveram a prisão decretada Remilton Moura da Silva Junior, o "Juninho Cagão" ou "Juninho"; Abner José Moura de Oliveira, o "Ratinho" ou "Ratinho do Bicão"; Eduardo de Souza Silva Junior, o "Dudu"; Danilo Machado Valverde; Bruno Magno Benedito Silva, o "Neguinho da CDD"; Felipe Barbosa; Werly Ângelo Soares dos Santos, o "Wesley"; Daniel Dias Cerqueira dos Santos, o "PQD"; Cristiano Artur Carvalho Barreto, o "DJ"; Renato José dos Santos o "Sabadão"; Fernando Domingos Pereira Simão, o "Sheik"; Jonas Santos Pereira, o "Jonas Pintado" ou "Velho"; Luiz Alberto Ferreira de Oliveira, o "Beto Gordo"; e Marcus Vinicius Madureira da Silva, o "Ratinho".