Entre os visitantes, Neuraci Dias da Silva, 27 anos, doméstica, prestava suas homenagens à mãe, falecida há dez anos. “Trouxe flores e vou permanecer aqui enquanto as velas não derreterem”, disse.
Do lado de fora, comerciantes faturavam com o comércio de flores e velas. Nilse Rinato, proprietária de uma floricultura, estima que as vendas do feriado devem somar cerca de 2 mil vasos de flores. “O que mais sai são rosas e crisântemos”, disse. Em fins de semana comuns, de acordo com ela, as vendas costumam ficar, em média, em 70 vasos.
Em outro cemitério, o São Pedro, na Vila Alpina (zona leste), ambulantes que comercializavam alimentos, flores e velas sentiram uma queda no faturamento em relação ao ano passado. “Venho para o Finados há uns seis anos. O movimento vem diminuindo”, disse o vendedor de cocada e quebra-queixo João Luís da Silva, de 28 anos, que saiu de São Bernardo do Campo, uma cidade da Grande São Paulo, para vender os seus produtos.
No mesmo cemitério, Luci Gomes, de 69 anos, visitava cinco parentes enterrados lá: o pai, as duas irmãs, um irmão e o marido, que faleceu há oito meses. “Venho todo mês nesse cemitério. Sinto muita saudade. Hoje eu trouxe flores e as velas, que já acendi”, disse, emocionada.
Para este feriado, o Serviço Funerário intensificou os trabalhos de manutenção e limpeza, além de ter reforçado a segurança, com a colaboração da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar. De acordo com Ubirajara Adriano Marques, diretor do crematório e dos cemitérios municipais paulistanos, foram feitas também obras de acessibilidade. Além disso, foram disponibilizados veículos elétricos para transportar pessoas com dificuldades de locomoção.