São Paulo – Pelo menos 10 pessoas foram mortas e nove ficaram feridas entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem. A cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, concentrou a maioria dos casos. Nenhum suspeito pelos crimes foi preso. A região metropolitana vem registrando diversos assassinatos durante as noites nas duas últimas semanas. Na maior parte dos casos os criminosos passam em motos ou carros atirando em pessoas nas ruas. A polícia, porém, não confirma relação entre os crimes.
Ao menos seis pessoas morreram, três delas em confronto com a PM, em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, após o assassinato de um militar na cidade, na manhã de ontem. A PM não confirma se há relação entre os crimes e o assassinato do policial. Dois homens e uma mulher foram baleados na rua Alvarenga Peixoto, no Jardim do Lago, por volta da 0h de ontem. O trio foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alvarenga, mas os dois homens não resistiram aos ferimentos e morreram.
Outras cinco pessoas foram baleadas na rua Jerônimo Moratti, no Bairro Casa, por volta das 2h30. Elas foram levadas ao pronto-socorro Municipal e não correm risco de morrer.
No Bairro Alves Dias, um homem foi morto a tiros na rua Campina Grande, por volta das 23h30. Ele foi levado ao pronto-socorro central, onde morreu. Os dois casos foram registrados no 3º Distrito Policial de São Bernardo. Três homens morreram em confronto com policiais militares na rua Japão, no Taboão, por volta das 21h. Os suspeitos estavam em um carro roubado e não atenderam a ordem de parar dos militares.
Estratégia conjunta O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e a presidente Dilma Rousseff (PT) começaram a negociar quinta-feira estratégia conjunta para conter o avanço da violência no estado. Por telefone, Dilma sugeriu a Alckmin que fosse traçado um plano integrado de segurança pública. Desde janeiro passado, 89 policiais militares foram mortos no estado.