De acordo com a assessoria de imprensa das Polícia Federal em Cuiabá, os índios teriam sido incentivados, por caciques supostamente envolvidos na extração ilegal de ouro, a reagir e enfrentar a equipe de federais que destruíam balsas e dragas usadas por garimpeiros.
Ainda de acordo com a PF, os feridos estão hospitalizados no Hospital Regional de Alta Floresta em estado grave. O local do confronto fica a mais de 200 km do centro de Alta Floresta.
Operação
A organização desmontada pela PF era composta basicamente por quatro grupos: indígenas, proprietários de balsas/garimpeiros (responsáveis pela extração ilegal de ouro no Rio Teles Pires); proprietários/responsáveis pelos postos de compra de ouro; funcionários, que atuavam como intermediários na venda de ouro e utilizavam de permissão de lavra garimpeira (PLGs) de cooperativas; e empresas distribuidoras de títulos de valores imobiliários. Há cinco anos o grupo atuava na exploração em Mato Grosso, Pará e Rondônia.
O delegado Wilson Rodrigues de Souza Filho, responsável pela investigação, disse que o ouro, extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era adquirido por empresas de títulos e, após dissimular a origem, era vendido como ativo financeiro para investidores em São Paulo. A área da extração não era autorizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ligado ao Ministério das Minas e Energia.