Depois de duas noites seguidas de queda no número de homicídios na Região Metropolitana de São Paulo, a capital paulista e os demais municípios, juntos, tiveram um saldo de pelo menos oito pessoas mortas e 13 feridas a tiros entre as 21h de quarta-feira e ontem à tarde. Entre os baleados há dois policiais militares e um policial civil. Dois deles foram vítimas de ataque, o outro ficou ferido ao reagir a um assalto. Os casos foram registrados quase que no mesmo horário, por volta das 23h.
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Profissionais de segurança e parentes de policiais vítimas da onda de violência em São Paulo fizeram ontem um ato pela paz no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em memória de todos os agentes executados nos últimos meses. Cerca de 150 pessoas caminharam pela Avenida Paulista, a maioria vestindo roupas pretas, carregando cruzes, faixas pedindo por mais segurança. Desde o início do ano, 94 policiais militares foram mortos no estado.
MUITO GRANDE O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou ontem a repercussão sobre a onda de violência no estado como “quase uma campanha contra São Paulo” e atribuiu os números de assassinatos e mortes praticamente diários ao tamanho da população paulista, pouco mais de 40 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE. “Aqui é maior que a Argentina. É a terceira maior metrópole do mundo, com 22 milhões de pessoas”, disse o governador.
Além das ocorrências envolvendo policiais, outras 16 pessoas foram baleadas entre a noite de quarta-feira e a madrugada de ontem.