Três pessoas morreram e sete ficaram feridas entre a noite desta quinta-feira (22) e a madrugada desta sexta-feira na Região Metropolitana de São Paulo. Os crimes ocorreram em um intervalo de sete horas, entre as 19h15 e 2h15. No caso mais grave, cinco pessoas foram atacadas por ocupantes de um veículo na zona norte de São Paulo. A tentativa de chacina deixou um saldo de dois mortos e três feridos. O saldo da violência nas últimas oito noites é de 57 mortos e 45 feridos na capital e Grande São Paulo segundo levantamento do estadão.com.br. Na noite anterior, foram 11 assassinatos e oito tentativas.
Na capital paulista, cinco homens foram baleados por volta das 2h15 desta madrugada em frente ao conjunto habitacional Cingapura Chácara Bela Vista, localizado na Rua Giuseppe Marino, no Parque Novo Mundo, na zona norte. Segundo a polícia, as vítimas, todas do sexo masculino, estavam reunidas e conversavam quando foram atacadas por ocupantes de um Honda Civic prata. A Polícia Militar foi acionada, porém foram testemunhas que levaram os feridos para o pronto-socorro da Vila Maria.
O vigilante Marcelo Valdir da Silva, de 45 anos, foi baleado no início da madrugada desta sexta-feira em frente a um bar, na Rua Luiz de Oliveira, no Capão Redondo, zona sul da cidade. Segundo testemunhas, uma moto, com dois ocupantes, parou em frente ao estabelecimento e, o garupa, sem dizer nada, desceu, sacou uma arma e atirou contra a vítima. Segundo a polícia, o vigilante, que não tem passagem, pode ter sido confundido com algum policial militar. Encaminhada para o pronto-socorro M' Boi Mirim a vítima, baleada na nuca e com a bala alojada no maxilar, permanecia internada e consciente. Os bandidos continuam foragidos.
O servente de pedreiro Antonio Roberto de Oliveira Filho, de 37 anos, foi morto com sete tiros, por volta das 20h30 de quinta-feira (22), quando saía de casa, na Rua Catamarca, na Ponte Rasa, zona leste de São Paulo. A vítima foi surpreendida por atiradores no momento em que abria o portão e morreu quando era atendida no pronto-socorro de Ermelino Matarazzo. Segundo a polícia, Antonio Roberto já tinha passagem por porte de entorpecente. Não se sabe ainda quantos eram os atiradores nem se chegaram a pé ou em algum veículo. O caso foi registrado no 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa.
Em Santo André, na região do ABC, duas pessoas foram baleadas em dois ataques ocorridos na sequência, possivelmente pelos mesmos bandidos, na noite de quinta-feira (22). Por volta das 19h15, um policial militar à paisana, dentro de um bar na Rua Ciprestes, no Jardim Irene, reagiu ao perceber que seria atacado. Segundo a polícia, um Fox vermelho, ocupado por pelo menos três homens, parou em frente ao estabelecimento. Um dos suspeitos desceu e sacou a arma.
Minutos depois, na Rua Virgílio, na Vila Humaitá, distante cerca de 3,5 quilômetros da primeira ação, ocupantes de um Fox vermelho atiraram contra um pedestre, que foi ferido em uma das pernas. Acredita-se que as duas ações foram praticadas pelos mesmos criminosos e que a segunda tinha como objetivo desviar a atenção de PMs acionados pelo colega que reagiu no interior do bar. Ambos os casos foram registrados no 1º Distrito Policial da cidade.
Em Osasco, na Grande São Paulo, um homem foi baleado por ocupantes de uma moto por volta das 21h de quinta-feira (22), na Rua Joaquim Fraga, em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental José Martiniano de Alencar, no Jardim Ipê, região centro-sul da cidade. Policiais militares da 2ª Companhia do 14º Batalhão, em patrulhamento, ouviram os disparos e, ao entrarem na rua, viram um homem caído e uma moto, com apenas uma pessoa, deixando o local. O suposto atirador conseguiu fugir e continua foragido. A vítima, ainda não identificada segundo a PM, foi encaminhada para o pronto-socorro Santo Antonio, onde permanecia internada. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial da cidade.
Ataque a ônibus
Criminosos tentaram incendiar um ônibus da Viação Campo Belo, por volta da 1h desta sexta-feira, na Rua Otusco, próximo à estação Capão Redondo, do Metrô, na zona sul de São Paulo. Armados, os bandidos, todos de rosto à mostra, esperaram o veículo parar no ponto final para agirem.