Em 2011, a população que exercia alguma atividade formal no país tinha em média 9,2 anos de estudo, no caso dos homens, e 10,7 anos, entre as mulheres. No trabalho informal, a média era 6,1 anos e 7,3 anos, respectivamente. Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2012, divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE ressalta, porém, que a interpretação do resultado “merece certo cuidado”, pois não significa que essas regiões tenham maior escolarização média. “No caso do emprego formal, como essas regiões apresentam baixa formalização, pode-se afirmar que as mulheres mais qualificadas estão no emprego formal. Isto é, dada a reduzida oferta de postos de trabalho formais nessas duas regiões, a competição faz com que esses postos sejam ocupados pelos mais qualificados.”
Na avaliação do instituto, os dados refletem a baixa qualificação de parcela da população. “Dado que essas regiões concentram a maior parcela de trabalhadores informais – principalmente no Nordeste – e apresentam as menores médias de anos de estudo, tal resultado é reflexo, de um lado, da maior oferta de empregos precários, e, de outro, da baixa qualificação da população”, ressalta a pesquisa do IBGE.